O recluso de Braga que, no passado domingo, fugiu da cadeia de Aveiro, entregou-se ontem na prisão de Vale do Sousa, em Paços de Ferreira.
Numa nota enviada à agência Lusa, a DGRSP informa que “o recluso que se evadiu do estabelecimento prisional de Aveiro se encontra novamente no sistema prisional, na sequência de apresentação voluntária, feita dia 06 de maio no Estabelecimento Prisional de Vale do Sousa”.
Gilberto Carvalho, de 24 anos, estava em prisão preventiva desde dezembro, depois de ter sequestrado um taxista no Fundão, distrito de Castelo Branco, e, sob ameaça de uma caçadeira e de uma faca, obrigou o motorista a dirigir-se para Braga, onde reside.
O táxi acabou por ser intercetado, na madrugada de 24 de dezembro, por militares da GNR na zona de Aveiro, quando seguia na Autoestrada 25 (A25).
A bordo da viatura seguia um outro suspeito, a mulher do agora fugitivo, ambos em prisão preventiva, e uma menina de 2 anos, filha da detida e do recluso que continua em fuga.
Segundo o Correio da Manhã, que avança a notícia, o recluso terá sido aconselhado a entregar-se.
Internamente está a decorrer, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção Centro, coordenado por um Procurador da República, processo de inquérito para apurar as circunstâncias em que ocorreu a fuga.
Na quarta-feira, o Sindicato do Corpo da Guarda Prisional alertou para a insuficiência de efetivos, adiantando que faltam 820 destes profissionais para “garantir a segurança e o bom funcionamento” das prisões.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o sindicato acrescenta que, apesar do mapa de pessoal da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) “prever 4.977 lugares para o Corpo da Guarda Prisional, facto é que, atualmente, só 4.177 lugares estão preenchidos, sendo que, destes, nem todos estão afetos a funções diretamente ligadas aos reclusos”.
“Tal realidade diminui significativamente o rácio guardas/reclusos. Ou seja, os nossos Estabelecimentos Prisionais estão a funcionar com 820 guardas a menos, facto que condiciona e dificulta gravemente o cumprimento da missão dos guardas prisionais, além de acentuar o risco inerente à profissão”, adverte o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, presidido por Carlos Sousa.
Notícia atualizada às 16h25 com mais informação.