Uma jovem de 19 anos foi constituída arguida, ontem, por praticar ‘cyberbullying” sobre os colegas da escola, na Póvoa de Lanhoso, revelou a GNR.
A rapariga está indiciada dos crimes de coação, perseguição e perturbação da vida privada em ambiente escolar.
Em comunicado, a GNR explica que, na sequência de uma denúncia, apurou que a suspeita, através das redes sociais, criava perfis falsos com o objetivo de criar medo e inquietação contra outros jovens inseridos nessa comunidade escolar.
A Guarda acrescenta que “a suspeita, através de sites e de plataformas de encontros amorosos, colocava o número de telemóvel de outros alunos para causar o mal-estar a nível psicológico, comportamentos estes que configuram vários crimes e associados ao designado por ‘cyberbullying'”.
Os militares fizeram buscas na casa da jovem e na escola, tendo apreendido um computador, cinco telemóveis, três armas de ar comprimido, uma arma de calibre .22, uma mira telescópica e uma caixa de projéteis (chumbos).
A suspeita foi constituída arguida e vai ser presente, esta quinta-feira, ao Tribunal Judicial de Póvoa de Lanhoso, para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.
A ação policial contou com o reforço da Secção de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário (SPC) de Póvoa de Lanhoso, que desenvolve o Programa Escola Segura na comunidade escolar.
No comunicado, a GNR sublinha que se encontra “empenhada em contribuir para o desenvolvimento de um ambiente escolar saudável para todos os alunos, funcionários e docentes”.
“Nesse sentido, e na semana em que se reforça a necessidade de uma ‘internet mais segura’, apela-se à denúncia de comportamentos desviantes no seio da comunidade escolar, quer através de professores e funcionários, quer através dos militares da SPC e/ou de patrulhas dos Postos Territoriais”, conclui.