Mariana Machado, atleta do SC Braga, está entre os 22 portugueses em ação nos Campeonatos da Europa de atletismo em pista coberta, de quinta-feira a domingo, em Istambul, na Turquia.
A jovem procura nos 3.000 metros – que têm eliminatórias marcadas para sexta e final no dia seguinte – reforçar a sua experiência internacional.
“Acima de tudo quero desfrutar desta oportunidade. Acho que sou muito nova, ainda tenho tempo para pensar em medalhas e em ser das melhores da Europa, onde, claro, quero lá chegar, mas tenho noção de que a minha vida não é parecida com a das minhas adversárias, por isso, quero adquirir o máximo de experiência para, no futuro, estar na luta entre as melhores da Europa”, sublinhou a meio-fundista, de 22 anos.
Com “expectativas altas” apresenta-se o velocista Carlos Nascimento, cinco vezes campeão nacional e que chega aos Europeus depois do quinto lugar em Torun2021.
“No último Europeu fui quinto, as pessoas estão sempre à espera de algo desse género, mas é um dia de cada vez. Os 60 metros são muito difíceis de adivinhar, mas, se for constante, posso estar entre os melhores, novamente, quem sabe uma final e, aí, tudo é possível. Sem dúvida que é um objetivo. Tenho trabalhado para estar em cima dos 6,62, mas quero passar as etapas, as eliminatórias e a semifinal, esse é o principal objetivo, independentemente da marca. Depois, se conseguir aliar a isso uma boa marca, será um bom resultado”, sublinhou à agência Lusa o atleta do Sporting, que tem eliminatórias no sábado, às 09:20 locais (06:20 em Lisboa), e, em caso de sucesso, semifinais, às 18:45 (15:45), e final, às 20:55 (17:55).
Na velocidade, mas no feminino, as três representantes lusas apontam aos recordes pessoais nos 60 metros.
“É o meu primeiro ano em ‘indoor’ e consegui logo marca de qualificação direta para os Europeus. Fiquei feliz, muito feliz! E quero dar o melhor de mim nos Europeus. Se chegar a uma semifinal, ninguém sabe o que acontece depois…eu acho que tenho potencial para chegar à final. Tenho 7,18 como melhor marca, penso que consigo melhorar”, afirmou Arialis Gandulla.
Igual ambição expressou Rosalina Santos, também em declarações à Lusa.
“Agora, nos Europeus, acho que estou numa forma fantástica, nunca me senti tão forte, acho que vou estar ainda melhor e vou tentar novamente o meu recorde pessoal, porque acho que consigo mais. É essa a minha missão”, frisou Rosalina Santos, contrastando com a perseverança da recordista nacional na distância, Lorene Bazolo: “Nem sempre as coisas dão certo. Eu estou muito bem, mas quando vou às provas, as marcas não saem como eu quero. Tenho de ter paciência e persistir”.
Nos 400 metros, o recordista nacional João Coelho quer “passar a primeira fase, claro, e conseguir o recorde nacional”, recordando estar a um centésimo do 01.46,40 minutos de Rui Silva.
José Carlos Pinto (Benfica) é o representante luso nos 800 metros, preferindo progredir na competição, em vez de objetivar um recorde.
“Ficou a faltar a marca para os Europeus, mas cheguei por ranking. Foi excelente ter conseguido recordes pessoais em duas semanas seguidas, e não sei se o consigo bater em Istambul, porque, por vezes, são corridas táticas, mas o meu objetivo é ter um lugar na final”, explicou.
Nos 60 metros barreiras, cuja final encerra Istambul2023, no domingo, a partir das 21:05 (18:05), o português Abdel Larrinaga (Sporting) é a personificação da tranquilidade e da ambição.
“Espero conseguir um bom resultado. Eu nunca corro com pressão, sou um atleta capaz de correr em qualquer competição, sem me sentir limitado. No ano passado demonstrei-o, ao ser o primeiro português a passar às meias-finais nos Campeonatos do Mundo e, agora, espero ser o primeiro numa final dos Europeus”, vincou Larrinaga, que terá as eliminatórias no sábado, às 09:20 (06:20), e as semifinais no domingo, a partir das 10:35 (07:35).
Com 22 atletas, Portugal apresenta a maior delegação de sempre a Campeonatos da Europa de atletismo em pista coberta, na 37.ª edição, a disputar entre quinta-feira e domingo, em Istambul, na Turquia.