Descentralizar e combater a desertificação do Interior foram os temas chaves do XVIII Congresso Distrital de Braga do Partido Socialista, realizado em Cabeceiras de Basto, no mesmo mês em que Joaquim Barreto acabou de ser reeleito como o líder do PS no distrito.
Sob o lema “Fortalecer o Partido – Afirmar o Distrito”, a reunião magna distrital de Braga do Partido Socialista, a moção de estratégia delineada por Joaquim Barreto foi aprovada por unanimidade entre as centenas de congressistas oriundos de todo o distrito de Braga.
Aquela moção global foi apoiada embora a título pessoal, por todos os 14 presidentes das Comissões Políticas concelhias do distrito, desde Amares a Vizela, depois de durante toda a manhã, os trabalhos incidiram particularmente com um debate acerca do momento atual.
A estrutura liderada pelo deputado e autarca Joaquim Barreto insistiu “num debate interno construtivo e unificador, para uma convergência de ação que leve o PS às vitórias nas legislativas e nas europeias”, foi reivindicada uma afirmação da Distrital do PS/Braga para que reforce a sua representação nas candidaturas nacionais”.
O “grande trabalho de proximidade e a vasta experiência política” do líder da Federação Distrital de Braga, Joaquim Barreto, foram também destacados ao longo deste congresso.
“Vitalidade do PS no distrito”
O relatório de atividades e contas dos órgãos dirigentes cessantes também foi sufragado, unanimemente, na sequência de um debate muito participado entre os muitos socialistas.
Na prestação de contas, o próprio presidente da Federação realçou “a força dos 4.500 militantes que comprovam a vitalidade do PS no Distrito, numa atividade política “que respeita as bases e a autonomia das concelhias, nas escolhas e no exercício da sua militância”
O líder do PS/Braga, que viu aprovados por unanimidade os relatórios de atividades, destacou, entre outros, a fundação da Academia Salgado Zenha, “que assumirá um papel estratégico na renovação e formação de quadros do Partido Socialista”, bem como os contributos do recém-criado Conselho Consultivo.
Palmira Maciel lidera Mulheres Socialistas
Ainda durante a manhã, o Departamento Distrital das Mulheres Socialistas apresentou a sua moção, com a recém-eleita presidente, Palmira Maciel, a realçar logo “a afirmação de Braga que se destaca nas políticas de igualdade, com a afirmação das mulheres”.
Após o almoço, aos cerca de 350 delegados foram apresentadas as diversas moções setoriais, sendo que, no âmbito do debate da moção global “Fortalecer o Partido, Afirmar o Distrito”, proposta pelo Presidente da Distrital, o debate enfocou nalgumas posições políticas que apontam por exemplo, para a “revolução de mentalidades”, nomeadamente com políticas que promovam o desenvolvimento dos territórios do interior e dos meios rurais, e para uma “tão desejada e anunciada regionalização” ou para as “efetivas políticas de descentralização” defendidas por outros militantes.
Neste período, salientou-se, segundo o PS, “uma intervenção do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural Miguel Freitas, que abordou a Reforma do Sector Agroflorestal e das medidas em curso para a gestão, ordenamento e prevenção da Floresta contra os Incêndios, bem como, o combate à desertificação através das políticas definidas e a ser implementadas pelo Governo.
O secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Paulo Ferreira, fez uma saudação ao Congresso “a manifestar a toda a sua satisfação pelo convite e a disponibilidade para uma colaboração profícua com o Partido Socialista do Distrito de Braga, que consideramos importante para a vida do Partido”.
Todos os resultados eleitorais
Entretanto, as listas candidatas aos órgãos dirigentes para o biénio 2018-2020 pela moção “Fortalecer o Partido – Afirmar o Distrito”, lideradas por Luís Soares (Guimarães) para a Comissão Política Distrital; Alexandre Maciel (Barcelos) para a Comissão Distrital de Jurisdição e de Hugo Sampaio (Vila Nova de Famalicão) para a Comissão Distrital de Fiscalização Económica e Financeira.
Obtiveram-se os seguintes resultados: Comissão Política Distrital, a favor 259, brancos 34, nulos 9; Comissão Distrital de Jurisdição: a favor 256, brancos 35, nulos 11; Comissão Distrital de Fiscalização Económica e Financeira: a favor 257, brancos 34 e nulos 11.
No encerramento do Congresso, a representar a Direção Nacional do Partido Socialista esteve o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, “que fez uma intervenção com uma abrangência política, abordando todos os sectores da atividade governativa de uma forma precisa e rigorosa que foi muito apreciada e aplaudida pelos congressistas”, referiu a O MINHO a estrutura distrital de Braga do Partido Socialista.
Segundo os dirigentes distritais do PS, “no período de entrega das candidaturas aos órgãos distritais, foi apresenta uma lista de candidatos com irregularidades processuais” e “além do mais ferida politicamente de legitimidade democrática”, por uma alegada “apropriação indevida e abusiva da moção global ‘Fortalecer o Partido – Afirmar o Distrito’, visto que a maioria das pessoas que integravam tal lista não tem qualquer identidade de pensamento ou de ação, sendo mesmo contra os princípios programas estratégicos da moção global”.
“A Mesa, apesar de considerar essas situações anómalas, pediu um parecer à Comissão Organizadora do congresso, que se pronunciou também pela sua não aceitação”, destacou a mesma estrutura distrital do PS, acrescentando-se, “contudo, que a Mesa do Congresso entendeu que os delegados democraticamente deviam também ser ouvidos, colocando a aceitação desta lista à consideração dos congressistas, tendo 320 votado contra a admissão e 28 a favor, registando-se dez abstenções.
“Com o seu voto, 92% (302 delegados), os congressistas expressaram e declararam de uma forma clara e inequívoca a não aceitação da referida lista”, segundo fontes próximas de Joaquim Barreto.