Os vereadores do PS de Ponte da Barca acusaram a maioria PSD na Câmara de ser o “coveiro do encerramento” de três agências bancárias, responsabilidade que o presidente atribuiu hoje aos 12 anos de gestão ruinosa dos socialistas.
“Lamentamos que o executivo camarário do PSD tenha sido o principal coveiro do encerramento das agências do BPI, posteriormente do Santander e agora do Millennium BCP ao optar por contratar 4.283.144,73 euros em uma só instituição bancária”, refere um comunicado do PS enviado às redações.
Para os vereadores socialistas, “os empréstimos da autarquia deveriam ter sido repartidos por outras agências sediadas em Ponte da Barca”, dando ao município “maior capacidade de negociação e ao concelho mais atratividade para a atividade bancária”.
O PS acusa a Câmara de “nada ter feito” para evitar os três encerramentos “desde a tomada de posse de Augusto Marinho” e defendem que o autarca social-democrata “deve, no imediato, propor reuniões com as duas instituições bancárias presentes no concelho, para sensibilizar, incentivar e avaliar conjuntamente a disponibilidade e condições para o reforço da oferta de serviços bancários na vila”.
Contactado pela agência Lusa, Augusto Marinho lamentou “a política de terra queimada adotada pelos vereadores do PS, de permanentemente denegrirem a imagem do concelho sem nunca quererem debater os problemas, em sede própria”.
“Na verdade, vereadores do PS estão equivocados, pois o verdadeiro coveiro das agências bancárias em Ponte da Barca foi a gestão ruinosa do executivo socialista que não tinha a mínima preocupação em criar estratégias para garantir o desenvolvimento do território”, sustentou o autarca social-democrata.
Augusto Marinho adiantou que a primeira agência bancária a encerrar em Ponte da Barca foi o Novo Banco, em junho de 2017, “ainda durante a gestão socialista” que, acusou, em 2005, “permitiu a perda voluntária do financiamento de quase um milhão de euros para construção do Parque Empresarial de São João e Touvedo Salvador”.
“Ignorando o projeto aprovado, os terrenos comprados para o novo parque empresarial e permitiu que o dinheiro fosse canalizado para a construção de áreas de acolhimento empresarial noutros concelhos vizinhos”, apontou.
Augusto Marinho adiantou que quando assumiu a liderança da autarquia, em 2017, “Ponte da Barca apresentava-se como um dos concelhos mais pobres não só do Alto Minho, mas de toda a região do Minho, “razão” pela qual definiu o “desenvolvimento económico como uma prioridade”.
“A título de exemplo, na última reunião de Câmara os vereadores do PS votaram contra a abertura do procedimento que permitirá a construção das infraestruturas da expansão do parque empresarial do Rodo. Votaram contra a possibilidade de Ponte da Barca poder ter condições para acolher novas empresas e a própria Adega Cooperativa de Ponte da Barca.
“Estou determinado em ultrapassar esta pequena política da crítica fácil e órfã de propostas válidas e continuar focado na agenda do desenvolvimento do concelho”, reforçou.