O Tribunal de Coimbra condenou a penas de prisão efetiva os dois homens que a Polícia Judiciária de Braga apanhou, em junho de 2020, num posto de combustível da Mealhada, com 2,8 quilos de canábis que tinham ido comprar ao sul de Espanha, para vender na zona de Braga.
Emanuel Félix da Silva, 30 anos, de Braga, foi condenado, em cúmulo jurídico, por tráfico de estupefacientes e falsificação de documentos, a cinco anos e meio de prisão e Luís Miguel Teixeira, 32 anos, de Nine, Famalicão, a quatro anos e nove meses, pelos mesmos crimes.
Na leitura do acórdão, o juiz-presidente ordenou a extração de uma certidão para que o Ministério Público investigue a alegada participação no tráfico de um homem de Famalicão, de apelido Bastos, tido, pelos dois advogados de defesa, como o mentor da operação de compra da droga. “É incompreensível que ainda não tenha sido julgado”, disse a propósito da decisão de arquivamento do inquérito pelo MP de Famalicão quanto a este suspeito.
A PJ detetou que Emanuel se deslocou seis vezes a Espanha, alugando dois carros, um para transportar a droga e o outro, para dar o alerta em caso de operação policial.
No caso, Emanuel terá contactado – através do ‘WhatsApp’ – Luís Miguel, que anuiu. Alugaram dois carros, e muniram-se de uma declaração – falsa – , autorizando-os a viajar em pandemia.
Dirigiram-se a Espanha, por Vila Real de Santo António, e, no dia seguinte, fizeram a viagem de regresso a Aveleda, Braga, pela autoestrada A1. O veículo, guiado pelo Luís, trazia, no pneu suplente, 2, 84 quilos de canábis, e um vaso com uma planta.
O MINHO contactou João Ferreira Araújo, o advogado de defesa do principal arguido, o qual disse apenas que iria estudar o acórdão para decidir se há ou não motivo para recurso.