Após a VianaPolis ter procedido ao corte da eletricidade no Prédio Coutinho, em Viana do Castelo, familiares dos últimos moradores, impedidos de entrar no edifício, enviaram lanternas por uma corda, conforme mostram as imagens partilhadas no Facebook, esta quinta-feira ao final da tarde, pelo jornal A Aurora do Lima.
Entretanto, para impedir a introdução de bens no prédio, a PSP decidiu aumentar o perímetro de segurança.
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A ação de despejo dos últimos moradores no prédio estava prevista cumprir-se às 09:00 de segunda-feira, na sequência de uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, de abril, que declarou improcedente a providência cautelar movida pelos moradores em março de 2018.
Na quarta-feira, a sociedade VianaPolis informou que vai avançar com “queixas-crime por desobediência a ordem legítima confirmada judicialmente” contra os últimos moradores do prédio Coutinho, em Viana do Castelo, que, desde segunda-feira, recusam abandonar o edifício.
“A VianaPolis não abdicará de dar continuidade ao procedimento de desocupação do Edifício Jardim, indo dar instruções ao seu advogado no sentido de preparar as competentes queixas-crime por desobediência a ordem legítima confirmada judicialmente”, lê-se no comunicado enviado na quarta-feira à imprensa.
A VianaPolis é detida em 60% pelo Estado, e 40% pela Câmara de Viana do Castelo.
O Edifício Jardim, localmente conhecido como prédio Coutinho, tem desconstrução prevista desde 2000 ao abrigo do programa Polis, mas a batalha judicial iniciada pelos moradores travou aquele projeto iniciado quando era António Guterres primeiro-ministro e José Sócrates ministro do Ambiente.
Para o local onde está instalado o edifício está prevista a construção do novo mercado municipal da cidade.