A decisão do Governo de não aplicar à autoestrada A28, entre Porto e Viana, a redução de 30 por cento nas portagens, vai implicar um aumento de 50 por cento para os automobilistas que a utilizam, entres os quais se contam milhares de vianenses e altominhotos.
“No anterior modelo que ainda vigora nas portagens das ex-scuts, o desconto era de 50%, incluindo na A28, mas isso agora desaparece. A realidade é que os utentes desta estrada terão um aumento de 50% na taxa de portagem”, disse ao O MINHO, o vereador do PSD na Câmara de Viana, Eduardo Teixeira.
De facto – anota o autarca – “o Governo anunciou que irá reduzir em 30% o pagamento de algumas ex-scuts, entre as quais a A22 (Algarve), A23 (Beira Interior) e A24 (Interior Norte) e A25 (Beiras Litoral) entre outras, mas deixa de fora a A28 (Litoral Norte/Porto-Viana)”.
Na última reunião do Executivo municipal de Viana do Castelo, Eduardo Teixeira disse que esperava do presidente da Câmara, Luís Nobre, “uma intervenção muito mais acutilante e protetora das empresas e dos cidadãos de Viana do Castelo”.
“Sugeri que a Câmara Municipal devia aprovar uma posição de indignação e solicitar o agendamento imediato de uma reunião com o primeiro ministro António Costa e com o ministro das Finanças Fernando Medina, pois a medida que foi anunciada é absolutamente lesiva para a região como um todo e para os vianenses em particular”, sustenta.
Eliminar pórtico da zona industrial
A O MINHO, o vereador refere ainda que “agora é a altura de reivindicar a eliminação com deslocalização do pórtico da zona industrial no orçamento de Estado de 2024, uma proposta que entrou na Assembleia da Republica e está em apreciação parlamentar”.
E assinala, a propósito: ”Devo lembrar que, em maio de 2021. por proposta do PSD que à época apresentei enquanto deputado, foi aprovada no parlamento nacional a ‘eliminação por deslocalização do Pórtico de Neiva’, na Estrada A28 que liga Viana ao Porto”.
E acrescenta: “A recomendação parlamentar visava a eliminação/deslocalização deste pórtico, que representa apenas 350 mil euros mês para o orçamento da Infraestruturas de Portugal, permitindo uma coesão territorial mais justa e o desenvolvimento social e económico da região que, apesar de litoral, tem índices económicos e de poder de compra característicos do interior”.
O Pórtico – sustenta – “é um entrave aos movimentos pendulares intra e inter concelhos, da ligação de freguesias da cidade capital de Distrito, à competitividade das empresas, à cooperação transfronteiriça, e penaliza quem produz e trabalha na maior zona industrial da região. Não é entendível o porquê do Governo querer penalizar a Região, e pela distância, o Alto Minho e Viana do Castelo”.
Sobre este assunto declara que “os cidadãos estavam à espera, que o governo mantivesse os descontos existentes e cumprisse a deliberação da Assembleia da República de eliminar por deslocalização de um dos pórticos existentes, o de Neiva. E é isso que se impõe”.