“Porque Viana é amor”. As palavras são de Joana Macedo, de 23 anos, que viu um sonho antigo ser cumprido através de um pedido de casamento durante a edição deste ano do cortejo da Romaria d’Agonia, em Viana do Castelo.

O MINHO falou com a noiva que manifestou uma tremenda alegria pela surpresa proporcionada pelo noivo, o francês Sam Malla, de 23 anos.
Emigrante em França desde os 12 anos, Joana conheceu Sam ainda na escola, mantendo uma relação de namoro ao longo dos últimos anos.
“Ele sabia o quanto eu gostava das festas de Viana do Castelo e antecipou tudo há vários meses, inclusive pediu a minha mão ao meu pai em casamento antes de preparar esta surpresa”, conta Joana, ainda emocionada com a surpresa.

“Já tínhamos falado em casar mas confesso que não estava nada à espera que ele fizesse o pedido nesta altura”, conta. O peculiar pedido de casamento de Sam foi acompanhado por dois cartazes com a questão que se impunha. “Casas comigo?”. E Joana disse que sim, “sem hesitar”.
“Eu tinha o sonho de ir vestida no cortejo de noiva e desta vez pude cumprir. Ele aproveitou esse dia para sermos os noivos oficiais, não por um dia, mas para sempre”, completa a emigrante em Paris.
“Foi muita emoção e surpresa, fiquei a tremer porque não estava mesmo nada à espera. Nem pude hesitar, disse logo que sim”, sublinha Joana Macedo.

Sobre a paixão pela Romaria d’Agonia, Joana confessa que enquanto esteve em Portugal, até aos 12 anos, não “dava tanta importância”.
“Só comecei a valorizar as festas tradicionais de Viana e de Portugal quando comecei a ser emigrante. Assim que atingi idade para participar no cortejo d’Agonia tentei vir cá todos os anos nesta altura para integrar”, conta.

O casamento ainda não tem data marcada, mas é certo que será em Viana. “Talvez daqui a dois ou três anos, durante o mês de agosto”, confidencia.
Joana deixa ainda um conselho às jovens residentes em Viana: “Aproveitem ao máximo a sorte que têm de poder estar cá e assistir a isto todos os anos, porque já tive anos em que não pude vir e foi duro”, diz.

A emigrante apela a que os locais “valorizam ao máximo estas festas porque Viana é amor e quem está fora dá muito valor à falta que isto nos faz durante todo o ano”.