O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) atribuiu o Prémio Valor IPCA/Santander Universidades a três jovens que estão envolvidos em projetos solidários, anunciou hoje a instituição.
Em comunicado, o IPCA explica que este prémio distingue a “participação dos estudantes em práticas de cidadania ativa e de voluntariado, desenvolvidas no IPCA ou na comunidade exterior”.
O prémio tem um valor monetário de 1700 euros que, este ano, foi dividido pelos três estudantes vencedores e entregue numa cerimónia na segunda-feira.
Na sessão solene do Dia do IPCA, a presidente da instituição, Maria José Fernandes, e pelo representante do Banco Santander, Nuno Vieira, entregaram os prémios a Adenilson Camargo, Diana Duarte e Sara Amado.
O estudante Adenilson Camargo, do mestrado em Fiscalidade, foi distinguido por desenvolver trabalho de voluntariado regular na Associação OPAH – Organização Portuguesa de Ajuda Humanitária.
Esta associação de solidariedade social tem como objetivo o “apoio a famílias em situação de vulnerabilidade social, compostas, na sua maioria, por imigrantes e refugiados, ajudando-os na respetiva integração”.
O IPCA conta que, quando Adenilson chegou a Portugal, em plena pandemia, encontrou esta associação que, com a sua experiência ajudou a formalizar sendo agora convidado para ser vice-presidente.
“Recomeçar é dar uma nova oportunidade a si mesmo, cada recomeço temos a possibilidade de fazer parte dessa nova história”, referiu o estudante que lembrou a importância desta associação na sua integração quando chegou a Portugal.
Já a estudante barcelense Diana Duarte, da licenciatura em Gestão Pública, desenvolve trabalho periódico de voluntária na associação Easy Future, fundada por si em 2020, em plena pandemia.
De acordo com o IPCA, Diana sentiu na pele a dificuldade em manter-se informada sobre todas as alterações a nível escolar propícias da altura. Em conjunto com cinco colegas, resolveram fundar uma associação juvenil, sedeada em Barcelos, sem fins lucrativos, que tem como principal objetivo apoiar jovens do ensino secundário, através de meios e materiais, para que estes tenham os melhores resultados académicos possíveis ajudando-os também na escolha do curso.
A estudante, que já fez voluntariado em outras ações, refere que o trabalho que desenvolve terá sempre um retorno positivo na vida de um estudante. “Acho que devemos cada vez mais motivar cada uma das pessoas que estão ao nosso lado para a prática do voluntariado e da solidariedade, mostrando-lhes o quão gratificante é ver que alguém ficou feliz ou que mudamos a vida de alguém através de um pequeno gesto que para nós até pode ser insignificante, mas que para alguém pode ser tudo”, afirma, citada em comunicado.
Por fim, Sara Amado, outra das jovens distinguidas, é estudante do mestrado em Gestão de Atividades Turísticas e desenvolve, desde setembro de 2021, trabalho de voluntária na Refood de Braga, que tem por objetivo acabar com o desperdício dos alimentos preparados e a fome nos bairros urbanos recorrendo a voluntários.
A Sara, junta-se a mais de mil voluntários que se envolvem nesta causa. “A mim fascina-me saber que um voluntário ao dedicar duas horas por semana significa ajudar em refeições para cerca de 10 pessoas, ou seja, é uma ação que é imediatamente refletida para o bem-estar da comunidade”, refere a voluntária de Braga.
Sara começou a fazer voluntariado em 2016 numa associação que ajudava pessoas e famílias carenciadas com diagnóstico de cancro, tendo a mãe de Sara recuperado de um cancro nessa altura.