Esculturas ou peças de roupa em plástico vão ser criadas por mais de 900 alunos de dez escolas do Alto Minho, na “OPER(A)ÇÃO PLASTIKUS”, projeto que aborda “um dos maiores problemas ambientais da humanidade”, anunciou hoje a organização.
Os trabalhos preparados pelos alunos de mais de 36 turmas, do pré-escolar ao ensino superior, que já se inscreveram no projeto lançado, em janeiro, pelo grupo de teatro Krisálida, em Caminha, “estarão concluídos até ao dia 05 de abril para dar origem a uma exposição itinerante que passará por todos os concelhos do Alto Minho no final ano letivo em curso e no próximo 2019/2020”.
“Esta adesão das escolas e dos alunos, em tão pouco tempo, foi surpreendente e demonstra a sensibilidade que começa a existir para este tema e para a necessidade de fazermos algo, de mudarmos alguma coisa, antes que seja tarde”, explicou a diretora artística da Krisálida, Carla Magalhães, citado no comunicado hoje enviado à imprensa.
O projeto educacional “Eu sei! Eu Sinto! Eu Atuo!”. é uma das componentes da OPER(A)ÇÃO PLASTIKUS, que está a ser desenvolvido pela Krisálida, que, com pouco mais de quatro anos de atividade recebeu um apoio da Direção-Geral das Artes (DGArtes) para “utilizar o palco, e não só, para abordar um dos maiores problemas da humanidade, numa guerrilha antiplástico”.
Uma das iniciativas previstas naquela ação inclui “a confeção de marionetas através de plástico recolhido nas praias da região, para informar e sensibilizar professores, alunos e população em geral para agirem no combate ao lixo na costa do Alto Minho”.
Estão ainda previstos “debates, criação de vídeos, de objetos artísticos e exposições, centrados na temática do plástico”.
“O que se pretende é que estas medidas sirvam para tornar o plano da companhia viral, no sentido em que todos alunos, pais ou professores, podem contribuir para uma mudança de atitudes, criando os seus próprios desafios ambientais”, especificou Carla Magalhães.
O desafio lançado às escolas e aos alunos passa pela “criação de objetos artísticos a partir de plástico, para promover a reciclagem destes materiais, bem como a elaboração de cartazes de sensibilização”.
No caso das escolas do segundo e terceiro ciclos do ensino básico e secundário, “os alunos podem desenvolver uma reportagem fotográfica sobre a temática da poluição dos oceanos com plásticos, além de vídeos sobre o tema”.
“Aos alunos das escolas superiores do distrito, o repto é reforçado com o objetivo da criação, também, de obras de arte com recurso a plástico recolhido nas águas da região”, adianta a companhia, criada em 2014.
Durante o ano, “o projeto ‘OPER(A)ÇÃO PLASTIKUS’ inclui também dois espetáculos teatrais, um para crianças e outro para adultos, que vão abordar, em palco, o problema do plástico e a ameaça que representa ao não ser biodegradável para a vida como a conhecemos”.
O espetáculo para a infância, que “recorrerá à linguagem da arte da marioneta, será criado em residência artística com direção plástica e encenação do grupo Teatro e Marionetas Mandrágora”.
Numa segunda residência artística, “será desenvolvido o espetáculo para adultos, com o encenador Graeme Pulleyn, encenador britânico convidado da Krisálida para esta abordagem e que em Portugal já trabalhou também como ator e diretor artístico em dezenas de projetos”.