O novo Plano da Orla Costeira entre Caminha e Espinho – ou seja, que também inclui Viana do Castelo e Esposende, no Minho – determina a destruição de 34 edifícios, entre eles o Edifício Transparente, construído no Porto durante a Capital Europeia da Cultura em 2001 e que custou 7,5 milhões de euros.
O Jornal de Notícias refere hoje que a destruição do imóvel, projetado pelo arquiteto catalão Solà-Morales é “o peso pesado de uma lista onde figuram 34 edifícios, sobretudo de restauração, e centenas de casas de 14 núcleos habitacionais (sete são de origem piscatória) que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) pretende retirar da costa entre Caminha e Espinho”.
O novo Plano limita, e em muitas zonas até proíbe, a construção de habitações em frente ao mar e preconiza o recuo planeado de 14 aglomerados, dos quais 12 estão em “áreas críticas” mais expostas a fenómenos extremos e ao risco de erosão e de inundações.
No documento a que o Jornal de Notícias teve acesso, em causa está a retirada progressiva de edifícios em risco ou construídos ilegalmente em cima das dunas nas praias da Amorosa, Pedra Alta (Viana do Castelo), Pedrinhas, Cedovém, Suave Mar, Ofir Sul (Esposende), no Minho, Aver-o-Mar (Póvoa de Varzim) Congreira, Mindelo, Pucinho (Vila do Conde), Marreco (Matrosinhos), Madalena, Valadares (Gaia) e Paramos (Espinho).
Segundo o JN, na proposta que estará em consulta pública a partir de segunda-feira, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) determina que sejam traçados planos de retirada e calculados os custos permitindo a deslocação faseada, “quando os custos se tornarem excessivos ou surjam casos pontuais de oportunidade nessa localização”.
Ainda segundo o jornal, “a APA também condena à demolição mais 34 imóveis nos planos de intervenção que traçou para a frente de mar”, entre eles o Miradouro de Caxinas, em Vila do Conde, a Esplanada do Carvalhido, na Póvoa de Varzim, o restaurante Pizza Hut Foz e a Kasa da Praia, no Porto.