Os pilotos Jorge Jardim (Portugal) e Maximiliano Bretón (Salamanca), assim como o colega Santiago Alzugaray (Sevilha), foram hoje homenageados a título póstumo por terem dado a vida durante o combate a incêndios na região da Galiza, em Espanha.
A cerimónia, organizada pela Associação Profissional de Agentes Florestais e Ambientais da Galiza, decorreu esta manhã, em Lóbios, debaixo de grande comoção, tanto por parte das famílias como de entidades presentes, entre os quais elementos dos Bombeiros de Ponte da Barca, bem como da autarquia minhota e do ICNF.
O nome dos três pilotos passa a figurar numa placa ao lado de uma escultura, da autoria do galego Toño Monteiro, que representa a figura de um avião a descarregar água, com os operacionais em terra a procederem à extinção de um incêndio.
O piloto português João Jardim e o co-piloto espanhol Maximiliano Bretón perderam a vida em agosto de 2020 na sequência da queda do hidroavião Canadair CL215 que pilotavam junto à barragem do Alto Lindoso, na sequência de uma operação de ‘scooping’ (reabastecimento de depósito de água).
Jorge Jardim, de 65 anos, morreu no local, apesar das tentativas realizadas pelos elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), enquanto o segundo piloto, de nacionalidade espanhola e de 39 anos, foi assistido no local e transportado em “estado grave” para o Hospital de Viana do Castelo, mas acabou por morrer.
O avião despenhou-se, pelas 11:20, numa área do território espanhol, a cerca de um, dois quilómetros da fronteira com Portugal.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o avião anfíbio integrava o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, do Centro de Meios Aéreos de Castelo Branco, que participava nas operações de combate a um incêndio que lavra no Parque Nacional da Peneda Gerês, freguesia de Lindoso, concelho de Ponte da Barca.
