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Obra de Vítor Rua com poemas de Herberto Helder estreia-se no dia 25 em Fafe

Cultura

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O Coletivo Phoebus estreia no dia 25 em Fafe uma peça multimédia do músico e compositor português Vítor Rua, a partir da poesia de Herberto Helder, revelou a Phoebus – Associação de Arte Contemporânea.

A peça intitula-se “16 poemas zen de Herberto Helder” e tem estreia no Teatro-Cine de Fafe, onde estará um ensemble de uma dezena de músicos a interpretar música de Vítor Rua, assente em poemas curtos, na forma japonesa de haiku, assinados por aquele poeta.

“A peça resulta num espetáculo multimédia, onde surge a luminotecnia, o vídeo, a performance e a música, sempre num tom ambientalista e relaxante”, e em que “o materialismo do Ocidente se cruza com o espiritualismo oriental”, refere aquela associação.

A estreia de “16 poemas zen de Herberto Helder” em Fafe significa também a interpretação na íntegra de uma composição de Vítor Rua com mais de duas décadas.

Em 2005, aqueles poemas curtos de Herberto Helder já tinham estado numa criação artística de Vítor Rua em conjunto com Vera Mantero e Nuno Rebelo, no trio So Happy Together, que esteve em circulação em várias cidades portuguesas e estrangeiras.

Na altura, os poemas eram ditos e interpretados ao vivo por Vera Mantero, com Nuno Rebelo e Vítor Rua nas “guitarras mutantes”, e com uma apresentação visual em vídeo também de Nuno Rebelo.

Em Fafe, os 16 poemas serão interpretados por “um ensemble eclético”, com a cantora Andrea Conangla Fernandes, o intérprete José Teixeira e um naipe de instrumentos de cordas, sopros e percussão.

Em palco estarão Luís Miguel Leite (guitarra), Gonçalo Cravinho Lopes (contrabaixo), Sílvia Cancela (flauta), Frederic Cardoso (clarinete), Henrique Ramos (percussão), Nuno Areia (piano), José Rosas (trombone) e Inês Quintas (violino).

Vítor Rua, músico e compositor, esteve na fundação do grupo rock GNR e do duo de música improvisada Telectu, com Jorge Lima Barreto, mas o percurso na música portuguesa tem seguido acima de fronteiras de género, a solo e em múltiplas colaborações artísticas na área da música contemporânea e eletro-acústica.

“A vaca de aço”, “A verdade é como um tigre”, “Cyberpunk” e “Interstellar Overdrive Remix” são algumas das suas composições.

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