Peça de teatro escrita por jovem de Viana vale prémio de mil euros

Cultura

O prémio Bolsas de Escrita Dramatúrgica (BED), do Teatro Público Reservado e da Apuro, distinguiu este ano as obras do vianense Hugo Miguel Santos, anunciou a Associação Cultural e Filantrópica. Também Augusto Ribeiro e Luís Campião foram galardoados.

Os vencedores, além de verem os seus textos editados, recebem um prémio de mil euros como incentivo à escrita de novas peças de teatro.

O concurso destina-se a premiar obras originais e inéditas em língua portuguesa, é uma iniciativa da companhia de Teatro Público Reservado e da APURO – Associação Cultural e Filantrópica, e surgiu com a intenção de apoiar e incentivar a escrita dramatúrgica, quando “as dificuldades criadas pela covid-19 afetaram os rendimentos” dos trabalhadores da cultura, sendo “duplamente penalizados” os que escrevem para teatro, por não poderem aceder nem aos apoios à criação nem aos apoios de emergência. O prémio BED pretende igualmente contribuir para a valorização da escrita dramática contemporânea.

As candidaturas às BED receberam mais de duas dezenas de candidaturas e a seleção foi feita pelo júri constituído pela encenadora e dramaturga Renata Portas, diretora da Público Reservado, o professor e dramaturgo Jorge Palinhos, e o ator Rui Spranger, ‘diseur’ e diretor da Apuro.

Hugo Miguel Santos (Viana do Castelo, 1995). Estudou Filosofia na Universidade do Porto e na Università degli Studi di Milano. Atualmente, prepara-se para defender a sua tese intitulada “Poéticas do Nome Próprio na Contemporaneidade: algumas hipóteses de leitura” no Mestrado em Estudos Literários, Culturais e Interartes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. “É livreiro, dramaturgista, serve finos, escreve e imagina coisas.

Luís Campião (Portimão, 1974), ator e dramaturgo português, já venceu também o prémio luso-brasileiro de dramaturgia António José da Silva em 2012, com a peça “Nossa Senhora da Açoteia”, e o Grande Prémio Fundação INATEL – teatro – novos textos 2015, com “Palco de Babel”.

Pedro Leitão (Guarda, 1992), estudou música no conservatório da cidade natal e é mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Iniciou o percurso teatral em 2017, no Aquilo Teatro (Guarda), como ator, dramaturgo, compositor e produtor. Esteve envolvido em produções como “Ao Natural” (2017), “Poetas e Etc.” (2017), “Noite de Verão” (2018), “Jul-Galo” (2021), “25 de Abril” (2021), e teve a seu cargo a produção do festival Por Falar De Teatro … (2021). Como ator, tem colaborado com entidades como a associação Hereditas e a Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, participou em ações de formação e de escrita criativa. “Tem uma aranha a viver no retrovisor direito do seu automóvel”.

 
Total
0
Partilhas
Artigos Relacionados
x