Peça de Sara Barros Leitão estreia em Viana

Cultura
Peça de sara barros leitão estreia em viana
Sara Barros Leitão. Foto: DR / Arquivo

O “Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa”, de Sara Barros Leitão, agendado para 18 de novembro, em Viana do Castelo, vai ser o primeiro espetáculo associado à Rede de Teatros com Programação Acessível, apresentada hoje.

Criada a partir do universo do trabalho doméstico, a peça vai dispor de audiodescrição e de língua gestual portuguesa para promover o acesso “físico, social e intelectual” à participação cultural pelas pessoas com deficiência visual ou surdas, segundo o que defende a associação Acesso Cultural, coordenadora da rede.

“Há talvez uns quatro anos, começámos a pensar na necessidade da criação de uma rede como esta. Em Lisboa, a programação tornava-se mais sólida e no Porto aparecei a uma escala mais pequena, mas não havia mais nada no país”, realçou a diretora executiva da Acesso Cultura, Maria Vlachou, na sessão de apresentação decorrida no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.

Ainda sem todos os espetáculos “acessíveis” divulgados, a programação vai-se estender pelo menos até junho de 2022 nos espaços das cinco entidades culturais que compõem a rede: a cooperativa A Oficina, em Guimarães, o Cine-Teatro Louletano, em Loulé, o Teatro do Noroeste, em Viana do Castelo, o Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal, e o Teatro Municipal da Guarda.

Os espetáculos ao abrigo desta rede vão ser acompanhados por língua gestual portuguesa, “uma das três línguas oficiais portuguesas”, utilizada pela “comunidade surda”, e por audiodescrição, realizada por um profissional durante “as pausas das falas” dos intérpretes, para as pessoas com “deficiência visual”, acrescentou a responsável.

Maria Vlachou frisou ainda que a rede de programação acessível pode ajudar a colmatar a necessidade “cada vez mais urgente” de formar “audiodescritores nos vários pontos do país”.

“A Acesso Cultura está a captar fundos para formar mais áudio descritores, tendo recolhido apoio da Câmara Municipal do Funchal, da Direção Regional de Cultura do Algarve e da Direção Regional da Cultura do Norte. Falta-nos seis mil euros para fazermos uma formação”, referiu a diretora executiva da associação.

A responsável considerou ainda necessário “haver cultura” para o público infantil com “deficiência visual e surdo”.

Na apresentação, estiveram ainda representadas as cinco entidades culturais envolvidas na rede, bem como a fundação La Caixa, mecenas do projeto.

 
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