A Assembleia da República aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar apresentado pelo PSD e pelo Chega pelo falecimento do padre António Vaz Pinto, que morreu em 01 de julho, aos 80 anos.
“Homem ímpar, de personalidade rica e multifacetada, atento e sempre disponível, António Vaz Pinto, sacerdote jesuíta, detentor de uma vida plena, empenhada e entusiasta no campo da espiritualidade e da ação, faleceu no passado dia 1 de julho, aos 80 anos de idade”, refere o voto.
Oriundo de uma família originária de Arouca, o padre António Vaz Pinto, o decimo primeiro de doze irmãos, nasceu em Lisboa, em 1942, e entrou para a Companhia de Jesus em 1965, em Soutelo.
Antes, frequentou o Colégio São João de Brito, em Lisboa, tendo ingressado mais tarde na Universidade Clássica de Lisboa onde frequentou o curso de Direito durante 4 anos. Licenciou-se depois em Filosofia, em Braga, e em Teologia na Alemanha, na universidade de Frankfurt.
Ordenado sacerdote em 1974, o padre António Vaz Pinto foi responsável pela criação e implementação de várias obras da Companhia de Jesus e foi ainda reitor da Comunidade Pedro Arrupe, em Braga e reitor da Basílica do Sagrado Coração, na Póvoa do Varzim.
Dirigiu o Centro de Reflexão e Encontro Universitário Inácio de Loyola, no Porto, foi assistente nacional da Comunidade de Vida Cristã e presidente da direção do Centro Social da Musgueira, em Lisboa.
Foi Alto-Comissário para as Migrações e Minorias Étnicas entre os anos 2002 e 2005 e, em janeiro de 2006 foi distinguido pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Grande Oficial Ordem Infante D. Henrique.
“O padre António Vaz Pinto destacou-se em inúmeras missões e tarefas ao longo da sua vida. Dotado de um sentido prático em que adaptava os seus princípios e valores doutrinais ao avanço da sociedade, a sua influência e a sua ação enriqueceu a vida de milhares de pessoas, sendo uma fonte inspiradora especialmente para os jovens”, destaca o texto.
No voto, refere-se que “o seu trabalho marcou a sociedade portuguesa, pois, mais do que palavras, o padre António Vaz Pinto deixou obra”.