O presidente da Câmara de Paredes de Coura reclamou hoje melhores acessos às zonas industriais do concelho para “poder cumprir” o orçamento de 2016, “centrado na criação de emprego”, face a dois novos investimentos estimados em nove milhões.
“Temos duas empresas, que já estão instaladas na zona industrial de Formariz e que se preparam para aumentar a capacidade de produção através da construção de duas novas unidades. É um investimento estimado de nove milhões de euros que irá criar mais 150 novos postos de trabalho, mas que está dependente da criação de melhores acessos rodoviários”, afirmou, hoje à agência Lusa o presidente Vítor Paulo Pereira.
O autarca socialista adiantou que aqueles investimentos “vão implicar a expansão, requalificação e melhoramento das zonas industriais do concelho”, prevista no Plano de Atividades e Orçamento (PAO) para 2016.
O documento, que prevê um montante global de 11,6 milhões de euros e que foi aprovado na sexta-feira em Assembleia Municipal, contempla “um montante o total de 700 mil euros para a realização de um conjunto de trabalhos de ampliação daquelas zonas empresariais, criação de novos arruamentos, áreas de estacionamento, e instalação de fibra ótica, entre outras infraestruturas”.
“A ampliação das fábricas Doureca e ValverIbérica, ambas de produção de componentes para automóveis, está dependente da criação de melhores acessos. O grau de investimento de cada uma das empresas está dependente das ligações rodoviárias à zona empresarial de Formariz. Trata-se de uma questão justiça para com estes empresários que apostaram no concelho, e o município tem desenvolvido todos os esforços nesse sentido”, sustentou.
Em causa está a criação de um acesso rodoviário, com cerca de cinco quilómetros de extensão para ligar o parque empresarial de Formariz à A3, (nó de Sapardos – Vila Nova de Cerveira).
“Já existe estudo prévio dessa ligação, mas é prematuro falar dos custos”, disse.
Segundo Vítor Paulo Pereira, “as atuais acessibilidades estão desenhadas para uma realidade com mais de 60 anos, com “um traçado estreito e sinuoso, muito pouco aconselhável à circulação de camiões TIR, e veículos de transportes de mercadorias”.
O autarca sublinhou que as empresas atualmente a laborar nos parques industriais de Castanheira e Formariz, sobretudo dos setores automóvel e do calçado, empregam mais de 20% dos 9.198 habitantes do concelho.
Além da criação de emprego, o PAO para 2016 tem como prioridades a educação, e a cultura “onde serão investidos 2,2 milhões de euros, cerca de 20% do orçamento”.
“Somente através da educação e da cultura é que os nossos filhos estarão mais preparados para enfrentarem o futuro”, apontou.
Os investimentos nas freguesias, com um valor aproximado de dois milhões de euros, sobretudo virado para a construção e requalificação da rede viária são outras das apostas do documento onde se destaca uma redução de 2,4 milhões de euros da dívida do município.
“Reduzimos à dívida sem perder a capacidade de investimento”, sublinhou o autarca, esclarecendo que nos próximos dois anos vai continuar a investir 1,4 milhões de euros na rede viária, dos quais 700 mil euros em 2016.
“Um orçamento feito para as pessoas e para a criação de emprego, que traga bem-estar, felicidade e alegria para as famílias, ao mesmo tempo que cria riqueza e receita necessárias para acudir aos mais desfavorecidos”, sustentou.