Declarações dos treinadores após o Vizela – Portimonense (1-1), jogo da 24.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Vizela:
– Álvaro Pacheco (Treinador do Vizela): “Se nos agarrarmos às estatísticas, o Vizela foi muito superior ao Portimonense. De um lado vimos uma equipa a tentar dominar o jogo na globalidade e outra a jogar em contra-ataque. Estamos a falar de um Portimonense que gosta de ter bola e que é forte fora de casa, pelo coletivo e pelos jogadores que tem. À exceção do período entre os 70 e os 80 minutos, em que o Portimonense teve mais iniciativa, o Vizela teve mais remates e cruzamentos.
Na segunda parte, tivemos oportunidades para fazer o segundo golo. Quando o Portimonense avançou no terreno, numa fase em que senti os jogadores cansados, fizemos algumas substituições. Mas a melhor equipa em campo foi o Vizela.
Os adeptos têm de estar tristes. Têm de estar orgulhosos desta equipa, que demonstra caráter, determinação e um ritmo de jogo elevadíssimo, o que não é fácil. Na primeira vez em que foi à nossa baliza, o Portimonense marcou. Tivemos mais uma adversidade e reagimos. Empatámos e fomos em busca do segundo golo, mas não conseguimos. De resto, foi uma grande partida, com magníficos adeptos, magnífica envolvência e três grandes equipas. A equipa de arbitragem [liderada por Luís Godinho] esteve muito bem.
Quando ganhávamos a bola, eles estavam a perceber os espaços. O Alex [Méndez] e o Kévin [Zohi] entraram mal [aos 71 minutos]. A equipa ficou intranquila e teve algumas perdas de bola. Mas não acho que tenha sido pelo excesso de intensidade e pela falta de discernimento [que caímos de rendimento]. Quando colocámos o [Friday] Etim em campo, voltámos a ter serenidade e a aparecer em zonas de finalização. Faltou-nos eficácia. Mas deixa-me satisfeito a atitude da equipa, e a maturidade para ter saído de um momento negativo [da desvantagem]”.
– Paulo Sérgio (Treinador do Portimonense): “A primeira observação é a mais correta. Não entrámos bem no jogo. A nossa pressão não estava a ser eficaz e o Vizela estava a ter muita iniciativa. Fica-me bem reconhecer que fizemos o primeiro golo contra a ‘corrente do jogo’. Fomos felizes numa bola parada.
Depois, tivemos o lado da infelicidade: temos três bolas para fazer o 2-0, flagrantes, na pequena área, [antes de sofrermos o empate]. Como a nossa pressão não estava a surtir efeito, recuei o Willyan provisoriamente. O fantástico apoio dos adeptos do Vizela à equipa torna difícil comunicar o que queremos à equipa. Ao intervalo, tivemos uma boa conversa e acertámos as coisas.
A segunda parte é completamente diferente. Subimos as linhas, aumentámos a pressão e dificultámos a tarefa do Vizela. Tivemos o domínio do jogo e bolas para golo. As duas partes foram distintas. Os pontos foram bem divididos. Mas tivemos situações muito claras para fazer o 2-0 antes do Vizela empatar.
No mês de janeiro, e ainda em fevereiro, porque alguns mercados estão abertos nessa altura. Tivemos várias alterações no grupo. Somos um clube vendedor. As coisas levam tempo. Estamos a meter jovens e a experimentar. Mas a equipa mostrou-se sempre pronta para competir. Podemos não ganhar, mas temos de entrar de forma sempre clara para lutar pelos pontos”.