O presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, acusou esta noite o PSD e a AD de ter “humilhado durante dois anos mais de 600 trabalhadores” dos estaleiros navais.
O autarca discursava durante o comício realizado esta noite que encheu o teatro Sá de Miranda, contando também com a intervenção do líder do PS e candidato a primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos.
“O que o Governo da AD fez pelos estaleiros navais foi zero. O PS sim, criou as condições para que uma entidade, a Marinha Portuguesa, olhasse para os nossos estaleiros, pudesse estabelecer com eles um contrato que permite a construção seis navios e um investimento superior a 30 milhões”, afirmou Luís Nobre.
“A AD dedicou 30 milhões para as indemnizações dos despedimentos”, comparou.
Já Marina Gonçalves, candidata pelo círculo de Viana do Castelo, criticou o cabeça de lista da AD por Viana do Castelo, o antigo ministro da Defesa Aguiar Branco, acusando-o de ter orgulho de ter privatizado os estaleiros navais de Viana do Castelo por “opção ideológica”, salientando que isso teve um “prejuízo económico e social para a região”.
“Hoje apresenta-se aqui não como conhecedor do território, mas com esta conquista que na verdade é uma mancha daquele que é um ativo estratégico para este concelho e distrito”, criticou.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Paredes de Coura e da distrital de Viana do Castelo do PS, Vítor Paulo Pereira, acusou a AD de estar tão “obcecada com a maledicência, que muitas vezes dizem aquilo que não devem dizer, e cometem muitos erros”, adotando uma citação de Napoleão Bonaparte para dizer que, “quando os adversários cometem erros, não é sensato interrompê-los”.
“Eu sei que isto pode ser duro, mas a AD abandonou a social-democracia e está por isso desprogramada. E como está desprogramada nem consegue arrancar e, quando arranca, dá erro. Parece um computador infetado pelo vírus do liberalismo e está sempre a desligar-se”, disse, provocando risos na sala.