No Trota's, reputado restaurante de Braga, homenageia-se a comida portuguesa

Ainda não é uma da tarde e já o restaurante rebenta pelas costuras. Uns apertam-se à entrada e outros junto ao balcão, todos na ânsia de arranjar um lugar de última hora.

No Trota’s, um dos mais bem reputados e conhecidos restaurantes de Braga, é sempre assim. E cabe às senhoras que servem às mesas e que deambulam agilmente entre elas, gerir esse tétris humano esfomeado.

Depois de acomodada a clientela, debitam o menu do dia que trazem decorado e escondido debaixo da língua e, num ápice, uma série de sopas de espinafres aterram sobre as mesas.

Além do menu executivo que varia todos os dias ao almoço (11€), onde aparecem pratos como vitela assada, arroz de pato ou filetes de pescada, entre muitas outras coisas, a carta do Trota’s, estabelecido na rua do Raio desde 2010, orgulha-se de apostar nas receitas tradicionais e nos ingredientes mais frescos.

O resultado? Pratos de conforto a saber a casa. Nas entradas, para aconchegar o estômago, conte com bolinhos de bacalhau, alheiras, ovos mexidos com cogumelos, gambas ao alho, polvo à galega e pratinhos de queijos e enchidos (entre 1€ e 14,50€).

No entanto, é nos pratos principais que o restaurante bracarense é imbatível, conquistando uma legião de fãs de todas as idades que, como diz António Trota, o dono, “vai dos oito aos 80”.

Nos peixes, brilham o bacalhau confecionado à Brás, com natas ou com broa, e o polvo preparado à lagareiro, no forno ou em filetes, acompanhado de arroz de feijão e grelos (entre 13,50€ e 29,50€).

Nas carnes, fazem sucesso as plumas de porco preto com arroz de cogumelos, o pernil no forno, o bife de lombo e o bife da vazia, sem esquecer, claro, as francesinhas, tanto a tradicional, como a especial, servida em pão de água tostado, uma invenção da casa. Ambas podem ser acompanhadas por boas batatas fritas crocantes (entre 11,50€ e 19,50€).

“Não é que fosse um cozinheiro exímio, mas sempre tive uma paixão pela comida tradicional portuguesa”, conta o dono a O MINHO Go!, acrescentando que quando é preciso dá uma mãozinha na cozinha.

Para acompanhar a refeição, pergunte-lhe o que beber. Pelo espaço – que conta com duas salas com capacidade para receber grupos mais numerosos –, estão espalhadas centenas de garrafas de mais de 50 referências de vinhos portugueses, entre brancos, tintos e espumantes, e ainda dois champanhes.

Não peça a conta sem antes dar umas valentes colheradas no clássico pudim Abade de Priscos, nas rabanadas, no cheesecake de frutos vermelhos, na mousse de manga ou na mousse de chocolate caseira (entre os 3,50€ e os 4€).

Vai ver que não se arrepende.