A mulher que assumiu ter matado o marido, em Vila Verde, o ano passado, devido a maus tratos sucessivos, saiu já em liberdade esta noite, por decisão do juiz de instrução criminal, depois de um interrogatório que durou toda a tarde.
O juiz entendeu ser suficiente que a arguida, Maria Júlia, se apresente todos os dias na 1ª Esquadra da PSP de Braga, que não contacte com testemunhas ou outros intervenientes no caso, para além de estar proibida de sair do país sem autorização do magistrado, Pedro Miguel Vieira, que presidiu às buscas domiciliárias na quinta-feira.
Maria Júlia Ferreira, de 50 anos, reside agora em Braga com a filha, depois de ter vivido com os seus pais, a seguir ao assassínio do marido, abatido com um tiro no pescoço, em outubro de 2017, na casa conjugal, situada na freguesia de Moure, em Vila Verde.
A PJ de Braga aguarda agora que o filho do casal, de 21 anos, seja detido em França, onde está emigrado, para José Miguel Costa, de 21 anos, ser sujeito a primeiro interrogatório judicial e aplicadas as respetivas medidas de coação, já que é suspeito de ter colaborado na morte e dissimulação do corpo do pai, António Ferraz, de 52 anos, versão que Maria Júlia negou à Brigada de Homicídios da Polícia Judiciária de Braga.