Morreu, esta quinta-feira, aos 73 anos, Amândio Sousa Dantas, natural de Ponte de Lima e “um dos autores mais relevantes da poesia limiana contemporânea”.
De acordo com a sua biografia no site Ponte de Lima Cultural, Amândio Sousa Danas emigrou, em 1973, para a Alemanha onde trabalhou na fábrica de automóveis Volkswagen, em Osnabruck. Dessa experiência resultaram os seus primeiros livros: “Sentimento da Ausência” (em português-alemão, 1981), “Poemas da Imigração” (1985), “Na Cidade Estrangeira” (1987) e “Emigrar na Primavera” (1991).
“Com o seu regresso ao “Pátrio Lima” em 1984, um novo ciclo caracteriza e projecta a sua poesia, agora e progressivamente mais interiorizada e reflexiva, incidindo sobre o mistério que envolve o fenómeno poético e condiciona o ser-poeta no ingente e edipiano desafio de o desvendar. A par desta matriz metafísica, constata-se uma persistente e subtil envolvência dos maviosos encantos do seu Lima. São de superior qualidade as obras bafejadas por essa dupla energia criadora: “Perfeito Chão de Voar” (1984), “Sombra e Ramos Sobre o Peito” (1997), “Infinita é toda a Nascente” (1998) e “No Ombro o Orvalho” (2006). Está representado em muitas e distintas obras colectivas”, pode ler-se ainda no texto da autoria de Cláudio Lima.