O Presépio Vivo de Priscos, em Braga, recebeu “milhares de visitantes” ao longo do período festivo, nesta que foi a sua 17.ª edição. Mais uma vez, salienta o padreJoão Torres, grande mentor do evento, transformou-se “num espetáculo de história e realismo”.
Para o pároco da paróquia de São Tiago de Priscos, este presépio “tornou-se uma tradição emblemática na região, colocando Priscos num lugar de destaque na celebração dos Presépios Vivos em Portugal e da Europa”.
Em comunicado, o sacerdote explica que “com ou sem fé, qualquer pessoa pode encontrar-se nesta viagem ao tempo de Jesus que inspira paz e serenidade. Isto confirmado pelo número de figurantes envolvidos e pelo número de visitantes de vários pontos do país e da vizinha Espanha”.
“Muitas foram as paróquias, de várias Dioceses de Portugal, que se organizaram para visitar o presépio com as suas crianças, adolescentes, jovens e idosos. Também muitos grupos de escuteiros e de jovens visitaram este presépio”, revelou.
O pároco lembra que “o povo de Priscos torna-se pela altura do Natal, embaixadores da capital minhota, criando um ambiente que privilegia a reflexão, criatividade, participação e espírito comunitário, que encanta quem o visita”.
Destacou ainda a presença de Nadege Ilick, jovem camaronesa vítima de tráfico humano, que contou a sua história na inauguração da edição deste ano “para que outras vítimas não tenham vergonha e possam contar suas histórias”.
João Torres sublinha ainda o trabalho das “pessoas que se preocupam com esta tradição e que trabalham todos os anos para que seja encenada”, recordando que “todas as estruturas são feitas à mão por pessoa da comunidade e pelos reclusos do Estabelecimento Prisional de Braga”,
“Montar um presépio vivo é um desafio complexo. O excelente sucesso do evento recompensa o trabalho realizado nestes meses de preparação. São inúmeros os elogios que nos chegam nas nossas redes sociais e isso leva-nos a pensar imediatamente nas novidades a apresentar na próxima edição”, concluiu João Torres.