Miguel Alves, ex-secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, renunciou à liderança da Federação do Partido Socialista de Viana do Castelo.
Segundo o Jornal de Notícias, o ex-presidente da Câmara de Caminha justifica a decisão com a falta de “condições políticas” para o exercício do mandato, depois de ter sido acusado de prevaricação pelo Ministério Público.
“Tendo presente os acontecimentos das últimas semanas que levaram à minha demissão do cargo de secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, venho apresentar a minha renúncia ao lugar de presidente da Federação do PS de Viana do Castelo. É meu entendimento que não estão reunidas as condições políticas para o exercício livre do meu mandato e que o PS da Federação de Viana do Castelo poderia ver limitada a sua capacidade de intervenção no terreno e debate político”, lê-se na comunicação enviada aos órgãos distritais.
O ex-autarca tinha sido reconduzido recentemente como líder da federação distrital com 91% dos votos. O socialista diz estar de “consciência absolutamente tranquila” e promete “defender a honra”.
Miguel Alves apresentou a demissão de secretária de Estado adjunto do primeiro-ministro na quinta-feira, no dia em que foi noticiado pelo Observador que é acusado pelo Ministério Público (MP) do crime prevaricação no âmbito de uma certidão extraída da Operação Teia por atos cometidos quando era presidente da Câmara Municipal de Caminha.
O ex-autarca tomou posse em 16 de setembro como secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro – cargo que António Costa optou inicialmente por não ter na orgânica deste seu terceiro executivo, constituído em 30 de março.