Marcelo ouve manifestantes contra aumento dos combustíveis em Braga

Ao início desta tarde

Um grupo de manifestantes contra o aumento dos preços dos combustíveis confrontou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao início da tarde desta segunda-feira, em Braga. Marcelo Rebelo de Sousa ouviu as preocupações dos manifestantes, “donos de pequenas e média empresas que não aguentam estas subidas do preço dos combustíveis”, referiu a O MINHO um dos presentes no local.

Segundo a mesma fonte, os manifestantes disseram ao Presidente da República que “os preços dos combustíveis estavam demasiado altos para pequenas empresas conseguirem manter-se em funcionamento, que se isto continuar assim, alguns vão ter que fechar e mandar os funcionários para o desemprego”.

Marcelo Rebelo de Sousa foi confrontando com os manifestantes, junto ao Estádio 1.º de Maio, pouco antes de ir para o Altice Fórum, onde participa na conferência “Fundos Confederação: o Minho e a Galiza”, organizada pela Confederação Empresarial da Região do Minho (Confminho), estrutura que agrega as principais Associações Empresariais da região.

Segundo a fonte, estariam no local entre 40 a 50 pessoas, mas “quando a PSP começou a identificar os primeiros manifestantes mobilizaram-se para a entrada” do espaço. Tal aconteceu, afirma a mesma fonte, porque a manifestação não estava autorizada devido a uma alegada informação errada por parte da Câmara: “Numa chamada na quarta-feira disse que tínhamos de fazer o pedido de manifestação com 10 dias de antecedência e a PSP disse que era só para avisar com dois dias”.

Contudo, ao que nos foi possível apurar, Marcelo Rebelo de Sousa “mandou desviar a comitiva” para a ir ao encontro dos manifestantes e “compreendeu” a indignação demonstrada. Terá afirmado, ainda, que a “tendência é para subir”.

Situação “mesmo muito preocupante”

Já esta manhã Marcelo Rebelo de Sousa falou sobre o aumento dos preços da energia, considerando que se trata de uma situação “mesmo muito preocupante” em todo o mundo e na Europa em particular.

“Conjuntamente com a alta de preços, a alta de preços dos combustíveis é preocupante para as famílias porque atravessa toda a sociedade portuguesa, atravessa toda a sociedade europeia e atravessa muitas economias do mundo”, analisou.

Questionado sobre se há margem para baixar impostos, Marcelo Rebelo de Sousa apontou que dependerá “da gravidade da situação” e de “entendimentos a nível europeu”.

“Se a Europa der luz verde para medidas Estado a Estado, e Portugal tem-se batido por isso, a Espanha tem se batido por isso, a França também, porque todos estão a sentir o mesmo problema, aí a União Europeia tem de flexibilizar a sua posição em termos financeiros e pode-se ir mais longe”, atirou.

O Presidente da República separou a escalada de preços na energia em duas questões, lembrando que há quem considere este um problema de seis meses, que corresponde “à saída da pandemia e ao desajustamento entre um aumento da procura (…), e a incapacidade da oferta”.

Mas também devido à “paragem de investimentos durante o período da pandemia em renováveis de energia geral, mas também problemas políticos que tem a ver com o preço do gás”.

 
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