Declarações após o jogo da 13.ª jornada da I Liga de futebol entre SC Braga e Estoril Praia, que hoje decorreu em Braga e que os minhotos venceram (2-0).
Carlos Carvalhal (treinador SC Braga): “O jogo foi difícil, fizemos uma primeira parte excelente, a ganhar 2-0, mas falhámos uma grande penalidade e mais duas ocasiões claras para marcar. Fizemos uma pressão muito efetiva e o Estoril teve muitas dificuldades em chegar à nossa baliza. Criámos espaços, circulámos a bola e justificámos se calhar ter sentenciado o jogo. Depois, houve a expulsão e o jogo muda. Com 10, é muito complicado, tivemos que baixar as linhas, aguentámos a pressão e mesmo com uma ou outra oportunidade do Estoril, fomos uns justíssimos vencedores.
Foi importante a entrada do Gorby, outro miúdo da formação, é um dos nossos desígnios para a nossa passagem pelo Braga, marcámos 19 golos nos últimos cinco jogos em casa, sofremos três, uma prestação ofensiva bastante assinalável, há uma melhoria significativa de uns largos tempos para cá.
(Já tem acordo verbal com o Flamengo?) Disse-o uma vez na antevisão e não tenho mais nada a acrescentar.
(Lesão de Castro) Não é grave, é uma lesão muscular, completou o último jogo, depois sentiu uma pequena dor no gémeo, que aumentou depois. Vamos ver se dá para jogar na quinta-feira ou não. O Tormena, o Al Musrati, o Galeno e o Castro não jogaram hoje porque não estavam aptos, não foi para poupar para quinta-feira [Estrela Vermelha]”.
Bruno Pinheiro (treinador do Estoril Praia): “Concordo [que houve duas partes, uma até à expulsão de Lucas Mineiro] se estivermos a falar na parte do domínio do jogo, mas discordo porque a expulsão do Lucas Mineiro é fruto do trabalho feito na primeira parte em que tentámos encontrar jogadores livres e isso levou o Braga a acumular faltas sobre jogadores que podiam desequilibrar e a segunda parte é apenas a consequência do trabalho da primeira. Tivemos alguma infelicidade, mas se tivéssemos feito um golo, talvez o jogo entrasse numa dinâmica diferente.
(Romário Baró) Provavelmente não sabem, mas o Romário Baró esteve lesionado, daí nem sequer era convocado. É um jogador com uma qualidade tremenda, mas chegou um pouco fragilizado, mental e fisicamente, sofreu uma lesão em treino, e hoje apareceu em crescendo. Confesso que tenho altas expectativas para o Romário Baró esta época. Surpreendeu-me a sua humildade e o seu caráter, vir de um clube grande para um clube como o Estoril e ter que esperar a sua vez para mostrar a sua qualidade.
(Podia ter sido mais ambicioso?) Se há coisa que esta equipa não tem não é falta de ambição e de caráter, não se esconde. Apanhou foi um Braga que fez 17 golos nos últimos quatro jogos em casa, o Estoril vem da II Liga, tem um orçamento baixíssimo e fez um jogo olhos nos olhos hoje. Se faltou competência? Talvez, mas não falta de caráter ou ambição.
Fiquei incomodado porque depois da expulsão do Lucas Mineiro houve muito pouco jogo, não culpabilizo os jogadores do Braga, que fizeram o seu trabalho, mas se fosse ao contrário, o Thiago Silva teria levado amarelo à primeira ocasião [em que tivesse perdido tempo] e o Matheus teve quatro lances e não apanhou, se há uma ação deliberada para perder tempo, tem que se agir.
A manutenção é o objetivo mínimo e isso consegue-se com o 15.º lugar, mas não nos queremos restringir a objetivos mínimos e queremos andar o mais acima na tabela possível”.