Maratonista Filomena Costa critica Federação Portuguesa de Atletismo

A atleta Filomena Costa criticou este sábado a Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) pela interpretação dos critérios que ditaram o seu afastamento dos Jogos Olímpicos do Rio2016.

Numa mensagem colocada na rede social Facebook, a maratonista bracarense lamenta a escolha da FPA, que preferiu Jéssica Augusta em seu detrimento, sendo que a atleta do Sporting tinha o quarto melhor tempo de qualificação e Filomena Costa o terceiro.

Sara Moreira e Dulce Félix foram as outras duas atletas escolhidas pela FPA para representarem Portugal na maratona feminina no Rio de Janeiro.

“O meu sonho era estar presente nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 e alguém terminou com ele. Vale a pena sonhar com algo que não depende de nós, mas sim de fatores externos?”, começa por questionar Filomena Costa, que recusa aceitar o lugar de suplente: “este lugar não é meu!”.

Segundo a corredora, de 31 anos, “o que está em questão não é o valor, qualidades e histórico de cada atleta ou os lugares que poderão obter na maratona dos Jogos”, mas a valoração dos critérios, nomeadamente da alínea b), que dita que os atletas que obtiveram a sua melhor marca até 30 de setembro de 2015, terão de demonstrar um bom estado de forma durante a época de 2015-2016.

“Para quem serve esta alínea? A época 2015/2016 já terminou e ninguém deu por isso? Onde e como observaram o meu estado de forma atual? O pico de forma não deveria ser próximo dos Jogos ou seria necessário fazer uma maratona no ano presente? É numa prova de 5.000 metros que se averigua a forma para a maratona? Como pode ser uma seleção justa se cumpri os critérios e agora sou a quarta segundo os órgãos ‘competentes’?”, referiu.

A atleta deixou agradecimentos às mensagens de apoio que tem recebido e vincou lutar “pela justiça, pela verdade desportiva, pelo respeito pelas pessoas e pelo seu trabalho“.

“O meu maior desejo é que futuramente ninguém tenha que passar por uma situação destas, é um desgaste psicológico difícil de entender e difícil de ultrapassar. Sou atleta, mas, acima de tudo, sou um ser humano. Acredito no meu valor, vou continuar a lutar pelos meus sonhos para que se possam vir a tornar realidade e vou viver o atletismo à minha maneira”, conclui.

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