O trio português Máquina vai lançar o segundo disco, intitulado “Prata”, no dia 05 de abril, anunciou a banda nas redes sociais, onde o álbum surge descrito como “música de dança orgânica que é igualmente punk e psicadélica”. Antes do lançamento oficial, a banda toca em Braga, em 08 de março, no Lustre.
O disco, gravado no Porto no verão passado e a sair agora pela londrina Fuzz Club, está já disponível para pré-encomendas na plataforma Bandcamp e vai ser composto por seis faixas (mais duas do que a estreia, “Dirty Tracks for Clubbing”), sendo já possível escutar o tema “denial”.
A banda de Halison Peres, Tomás Brito e João vai buscar influências “à repetição minimal do krautrock, ao techno industrial e à EBM” e explora assim “as fronteiras destes géneros com força” no seu segundo disco.
“Nas seis faixas do álbum, esculpem um som cheio de adrenalina que é igualmente apropriado para salas traseiras escuras e suadas e à pista de dança. Apesar de o seu som poder ter a discoteca na mira, esta é uma música de dança orgânica que é igualmente punk e psicadélica, tocada por um ‘power trio’ de guitarra-bateria-baixo que dispara com todos os cilindros, sem um sintetizador à vista”, pode ler-se na descrição.
Em conversa telefónica com a Lusa, em setembro, os três elementos do grupo nascido em Lisboa atribuíram a receção do público à energia positiva de quem os rodeia: “Essa energia de várias pessoas, que estavam a querer que nós tivéssemos oportunidades e exposição, e essas pessoas todas a pensar no mesmo e a sentir o mesmo, parece que o universo fez acontecer também”.
“O pós-covid trouxe um ciclo novo para todas as pessoas e você poder ir a um concerto e poder dançar e se libertar e curtir é sempre fixe, as pessoas têm procurado isso mais, viver o momento. Às vezes, fazer planos a longo prazo pode ser um tiro no pé, porque pode aparecer qualquer problema”, disse o baterista, letrista e vocalista Halison Peres.
Para o guitarrista João, as oportunidades que foram surgindo – e sendo aproveitadas – aconteceram “porque o circuito é diferente de há cinco anos” e por hoje não haver tantos conjuntos com um som semelhante ao que Maquina (nome muitas vezes estilizado com carateres em cirílico e com um ponto final) estão a fazer.
“O pessoal quer é dançar e está com vontade de se mexer, ir para concertos, estar com pessoas”, acrescentou o guitarrista da banda que, ao longo dessa entrevista, mencionou por várias vezes o nome da agência Pointlist e do seu fundador João Modas.
De acordo com o Instagram do grupo, os próximos concertos vão acontecer no Basqueiral, em Santa Maria da Feira (dia 06 de março, já esgotado), em Vigo, no dia seguinte, no Lustre, em Braga, no dia 08, e no Ceira Rock Fest, em Coimbra, no dia 09.