O presidente da Câmara de Viana do Castrelo, Luís Nobre, defendeu ontem, durante a sua intervenção na conferência “Novas Profissões do Mar”, no âmbito dos “Roteiros de Engenharia” da Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN), a criação de uma região atlântica através de um processo do alargamento a projetos intermunicipais, dando como exemplo a requalificação da frente marítima levada a cabo pela Polis Litoral Norte, composta por três municípios.
Os “Roteiros de Engenharia” são um projeto da OERN que irá durar até ao final de 2024 e que cruza o território com colégios de especialidade dando a conhecer casos, projetos, iniciativas de Engenharia que promovam o desenvolvimento económico e crescimento social, valorizando os Engenheiros.
Na sessão, o autarca vincou, assim, que “também na economia do mar esta frente inter-regional e até internacional com o alargamento à Galiza poderá ter melhores condições de se afirmar se estiver unida”.
Para Luís Nobre, “o Mar não tem fronteiras nem tem muros” e “as competências estão cá, os saberes e a engenharia está cá e temos tudo a ganhar neste processo com a aproximação de territórios”.
Classificando o mar como “fonte de afirmação e sustentabilidade do território”, o autarca falou ainda do desígnio nacional e do mar como uma “oportunidade única para o território onde os engenheiros têm papel fundamental”, onde existe um “grande espaço para o crescimento de competências”.
Para o edil, Viana do Castelo “tem vindo a afirmar-se através do mar e da inovação, dando como exemplo os casos da Windfloat e da Corpower, e lembrou o trabalho em torno da Agenda do Mar enquanto aposta num sector fundamental e onde a engenharia poderá desempenhar um papel fundamental na transformação da sociedade”.
Na conferência marcaram também presença o secretário de Estado do Mar e ex-presidente da Câmara de Viana, José Maria Costa, e Erik Giercksky, Head of the Ocean Stewardship Coalition – United Nations Global Compact, para debater as novas profissões do mar em Viana do Castelo.
“O mar é um ativo fundamental para o território”, sublinhou José Maria Costa, prevendo investimentos neste sector de 40 mil milhões de euros e a criação de 30 mil postos de trabalho.
“Os novos projetos tecnológicos associados à tecnologia offshore vão criar novos serviços e produtos”, defendeu ainda o governante, concluindo que os “números são exemplo da importância deste sector para o país”.