A Juventude Social Democrata (JSD) de Braga reagiu às críticas de Miguel Corais, candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara Municipal, que na terça-feira acusou o executivo liderado por Ricardo Rio de falta de ambição na organização da Feira do Livro, reclamando a necessidade “de um novo modelo” para a iniciativa.
Para João Rodrigues, presidente da estrutura concelhia dos jovens social democratas, “Miguel Corais vem querer fazer valer uma espécie de solução para o problema que ele próprio criou. Tudo como se não tivesse sido ele o principal responsável pela situação difícil que a Feira do Livro de Braga passou e que, felizmente, está agora a ser corrigida“, lembrando que Miguel Corais foi, durante o último mandato de Mesquita Machado, o responsável pela organização do certame.
“Miguel Corais quer, à força e à pressa, tentar inverter os papéis. No entanto, quem assumiu o papel de “quase-coveiro” da Feira do Livro, não pode vir agora querer fazer o papel de “médico”. Não é assim que as coisas funcionam”, atirou.
Para João Rodrigues foi graças à nova administração da InvestBraga que se deu uma das melhores inovações no âmbito da organização da Feira do Livro, que se deslocou para a Avenida Central, numa lógica de trazer para junto das pessoas o certame, envolvendo os bracarenses e também quem visita a cidade, numa lógica de democratização no acesso à cultura.
Candidatura socialista “está sem saber o que dizer a três meses das eleições”
As críticas da JSD Braga vão mais longe. Na mesma nota de imprensa, os social democratas afirmam que “este episódio revela o estado em que se encontram as hostes socialistas”.
“Na ausência de ideias e de alternativa ao caminho que tem vindo a ser seguido e que tem dado excelentes resultados, Miguel Corais, quase sempre sozinho, tem vindo a público fazer uma de duas coisas: ou aponta caminhos idênticos aos que têm vindo a ser seguidos por Ricardo Rio ou critica a atuação do atual executivo municipal sem qualquer tipo de fundamento, muitas vezes para se desdizer logo de seguida“, sustenta João Rodrigues, acrescentando que “o PS Braga não sabe o que dizer a três meses das eleições autárquicas. Está perdido. Não se constituiu até hoje, sequer, como mera hipótese, mesmo que remota, de alternativa”.
“Como é que alguém que não tem sequer um fio condutor para a campanha eleitoral quer liderar o destino de um município como Braga?” questiona.
“Para se ser presidente de câmara, não basta ter-se o apoio de metade de um partido. Muito pelo contrário: é preciso demonstrar que se tem capacidade para desempenhar o cargo, que se tem ideias e que estas são as melhores para o território que nos propomos gerir”, aponta.
“É preciso, portanto, fazer tudo aquilo que Miguel Corais não só não conseguiu, como também não se vislumbra que venha a conseguir fazer”, concluiu o líder da JSD bracarense.