O jovem que incendiou uma casa, enquanto os seus pais dormiam lá dentro, em Vieira do Minho, será apresentado esta quinta-feira ao juiz de instrução criminal, indiciado com um crime de fogo posto e dois de tentativa de homicídio qualificado. A mãe sofreu pequenas queimaduras e o pai escapou ileso ao propagar das chamas.
Marco, 30 anos, solteiro e desempregado, é suspeito de atear fogo à moradia, situada em local ermo na Avenida das Carvoeiras, freguesia de Anissó, em Vieira do Minho.
O caso ocorreu cerca das 04:00 de terça-feira na sequência de anteriores problemas com os pais.
A casa ficou inabitável e quase toda destruída, valendo um militar da GNR de Vieira do Minho que retirou, a tempo, um automóvel da garagem, evitando assim não só a destruição total daquele veículo, como principalmente a propagação mais rápida e perigosa das chamas.
Tudo indica, segundo apurou O MINHO esta quarta-feira, Marco tenha colocado um puf à porta do quarto do casal, no piso superior da moradia, o qual incendiou, colocando-se depois em fuga.
A mãe do jovem foi a primeira a dar com o incêndio, acordando alarmada, avisando o marido. Tentaram apagar as chamas com baldes de água, só que, subitamente, o incêndio atingiu os cortinados, e foi aí que chamaram os Bombeiros de Vieira do Minho.
Mas nesse momento já quase nada havia a fazer a não ser proceder ao rescaldo.
Apanhado pela GNR de Vieira do Minho
O alegado incendiário fugiu pelos montes, deixando os pais sozinhos perante o perigo. Numa segunda fase de atuação, uma patrulha do Posto Territorial de Vieira do Minho da GNR ‘bateu’ toda a zona envolvente, acabando por apanhar o jovem, a pé, rumo à Póvoa de Lanhoso. Foi entregue à PJ de Braga.
Depois de ter pernoitado nas instalações da PJ, voltará a dormir nesta madrugada, em Braga, para ser apresentado quinta-feira ao juiz de instrução criminal, no Palácio da Justiça de Guimarães, já que estão também em causa dois crimes de tentativa de homicídio, para além do crime de fogo posto.
Será objeto de interrogatório para a aplicação das respetivas medidas de coação, até ao seu julgamento, a decorrer em Braga.