O músico João Silva, de Ponte de Lima, apurou-se esta quinta-feira para a final do Seifert Competition, o mais importante concurso mundial para violinistas de jazz, que se realiza a cada dois anos, na Polónia.
O violinista interpreta três temas – duas composições da própria autoria “Kiev” e “Mate” (esta em co-autoria), e uma outra, do homenageado do prémio, o violinista Zbigniew Seifert.
Pode assistir no vídeo que se segue a prestação de João Silva durante a segunda meia-final.
A decisão de selecionar os seis nomes da final, que se realiza na sexta-feira, coube ao grupo de jurados, não havendo interferência da votação paralela, que decorreu online.
A acompanhar João Silva estão Benjamin Sutin (EUA), Gabriel Vieira (Brasil) e três polacos, que ‘jogam em casa’: Wojciech Barteczek, Kacper Malisz, Amalia Obrębowska, conforme o anúncio feito na final do segundo dia.
O músico confidenciou a O MINHO que irá tocar, na final, os temas da própria autoria “Wise Connections” e “Sonhos Flutuantes”, tendo escolhido como música do homenageado Seifert a “Man of the Light”.
Com esta passagem, o músico bate o seu próprio feito de, em 2020, ter atingido as meias-finais desta prestigiada competição, feito que já tinha repetido este ano.
A competição prossegue sexta-feira, com João Silva a atuar em segundo lugar, na final, que inicia às 18:00 (hora portuguesa).
Sobre o concurso
Idealizado em 2009, o prémio Seifert Competition conheceu a primeira edição em 2014, realizando-se sempre de dois em dois anos.
De acordo com o presidente da Fundação Zbigniew Seifert, da ideia à prática passaram muitos anos, mas valeu a pena, uma vez que o concurso juntou mais de 200 músicos de todos os continentes ao longo das cinco edições já realizadas, fazendo do Seifert Competition “o único evento internacional deste género” no mundo do jazz.
“O que nos faz felizes é saber não só que o concurso se tornou numa marca reconhecida internacionalmente mas também que se tornou num ponto de encontro para violinistas, violistas e violoncelistas de todo mundo que gostam de improvisar”, disse, antes do concurso, Aneta Norek-Skrycka, em declarações aos meios estatais polacos.
“É graças a eles que conseguimos descobrir o legado de Zbigniew Seifert e promover a memória de um artista excecional por circuitos maiores do que onde ele já é conhecido”, concluiu.