O nome científico é Aedes albopictus, mas chamam-lhe vulgarmente de mosquito-tigre-asiático, por ter origens no Sudeste Asiático e no Pacífico Ocidental. Chegou ao sul de Portugal em 2017, mas já foi detetada a sua presença na zona Norte do país, onde terá chegado dentro de pneus.
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A informação é avançada pela revista Wilder, especializada em biodiversidade, e explica que a espécie foi detetada “junto a uma fábrica de recauchutagem”, em Penafiel, e terá chegado através da “importação de pneus vindos de países europeus já invadidos” pela espécie.
Com menos de um centímetro, e bastante distinto da maioria dos mosquitos que por cá andam há muitos anos, tem manchas brancas e prateadas que contrastam, daí chamarem-lhe “tigre”.
Segundo a mesma publicação, é vetor de vários vírus, como dengue, doença detetada na Croácia, Espanha, França ou Itália, associada à presença do mosquito. No entanto, ainda não foi detetado nenhum caso no nosso país, embora a possibilidade seja “elevada”, conforme explicam os especialistas César Capinha, (Universidade de Lisboa), e Carla Sousa (Universidade Nova).
Os cientistas dizem ser “provável que a espécie se venha a distribuir amplamente em Portugal Continental, beneficiando da existência de condições climáticas que lhe são favoráveis”.
Atualmente, está presente em todos os continentes, com exceção da Antártida, muito graças à globalização e à sua fácil adaptação para viver em pneus usados e plantas decorativas.
Referem ainda os investigadores que “a presença da espécie por si só não leva ao surgimento de doenças”. Para que se origine o vírus da dengue, é necessário um hospedeiro humano portador do vírus que o transmita primeiro ao mosquito, e só depois é que o mesmo passa a ser um transmissor. Para isso, basta que um viajante de locais onde a doença prevaleça seja picado por um em Portugal.