Cávado
Inaugurado canal de 5 milhões para evitar inundações em Esposende
Obras públicas
Foi hoje oficialmente inaugurado o canal intercetor de proteção e gestão de riscos, cheias e inundações da cidade de Esposende, obra que ultrapassou os 5 milhões de euros e que ocupa uma extensão de 4,5 quilómetros. Para a Câmara de Esposende, a infraestrutura já entrou em ação em janeiro, quando terá evitado “inundações” que aconteceriam se não existisse o canal.
“Está profusamente comprovada a utilidade do canal intercetor, no que toca à componente hidráulica, destinada a prevenir inundações na cidade de Esposende. Por isso, o Município de Esposende está a estudar a construção de sistemas idênticos em outros locais do concelho, também afetados pelas inundações e sabemos que este modelo está a servir de exemplo para outras situações no país”, referiu em comunicado o presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira.
Paralelamente ao canal, estende-se um circuito de visitação e prática desportiva que entronca na Ecovia do Litoral Norte e, futuramente, no parque da cidade, proporcionando novas opções de mobilidade suave.
Ao longo dos 4,5 quilómetros, este arrojado projeto conta com diversos sensores de monitorização do caudal que, em tempo real, permitem o recurso a pontos alternativos de escoamento das águas. A ladear o canal foram plantadas cerca de 30 mil plantações, entre árvores, estacarias e arbustos, além de serem adotados materiais de salvaguarda do património natural, nomeadamente da vida selvagem e dos habitats.
Foto: CM Esposende
“Trata-se de uma abordagem ecossistémica para enfrentar um problema que era real para a população de Esposende. O Canal Intercetor à cidade de Esposende é um dos projetos com maior envergadura financeira alguma vez conseguidos para Esposende e visa diminuir o risco de inundações na área urbana de Esposende e evitar situações como aquela registada em 2013, quando as inundações lançaram o sobressalto sobre a população”, adiantou o presidente da Câmara.
A construção do Canal Intercetor teve início em julho de 2019, após o Ministério do Ambiente ter classificado a cidade de Esposende como “zona crítica”, no âmbito do Plano de Gestão de Riscos de Inundação, elaborado pela Agência Portuguesa do Ambiente. O projeto desenvolvido pelo Município de Esposende acolheu o financiamento do Fundo de Coesão, ao abrigo do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR).
“Este é um projeto de grande envergadura, com cerca de 4,5 quilómetros de extensão que obrigou à negociação para a aquisição de mais de 200 parcelas de terreno”, lembrou Benjamim Pereira que destacou o empenho do vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Carlos Pimenta Machado e ao ex-ministro Pedro Matos Fernandes “que soube reconhecer a importância do projeto e sempre teve espaço na agenda para vir a Esposende”.
Foto: CM Esposende
“Sempre tratou Esposende com deferência e sentido de Estado”, considerou Benjamim Pereira sobre o anterior governante.
O autarca anunciou, ainda que o Tribunal de Contas deu, recentemente, parecer positivo, pelo que “vai arrancar a construção do edifício do IPCA, no valor de cinco milhões de euros”.
Esta obra revela-se impactante devido à proteção que exerce na zona urbana de Esposende, face às inundações, mas também será elemento estruturante no desenho urbanístico da cidade, criando um anel verde periférico.
Para o vice-presidente da APA, José Carlos Pimenta Machado, “o foco deste projeto é proteger a zona urbana. Um grande projeto lançado aqui, em 2016, que já foi testado e permite proteger a população de Esposende”.
Aurélio Neiva, presidente da Junta da União de Freguesias de Esposende, Marinhas e Gandra disse tratar-se de uma obra “que deixa orgulhoso qualquer autarca que tenha participado na sua construção”, destacando o “papel fundamental da Junta de Freguesia na negociação com os proprietários das mais de 200 parcelas de terreno”.
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