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Guimarães

Confeção de artigos de luxo relocalizada da Ucrânia para Guimarães já emprega 16 ucranianas

Um exemplo a nível internacional

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Foto: CM Guimarães

A Love Lace, uma confeção de artigos de luxo para senhora que se instalou em Guimarães proveniente da Ucrânia já emprega 16 ucranianas e contou hoje com a visita do secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, como um “exemplo de como a conjugação de esforços de várias entidades resolvem celeremente os problemas”.

Na visita à Love Lace, em que esteve também presente Domingos Bragança, presidente da Câmara, o governante ficou a conhecer os passos que foram dados para que fosse possível a empresa voltar a laborar, agora em Guimarães, graças ao responsável Miguel Pimenta.

Miguel Fontes manifestou ainda a sua satisfação por ver que a medida do PRR, Compromisso de Emprego Sustentável, serviu para dar resposta à relocalização da Love Lace, permitindo condições de trabalho digno. O secretário de Estado corroborou a ideia de Domingos Bragança, de que, num país carente de pessoas, o fluxo migratório a que assistimos é benéfico.

Domingos Bragança, citado em comunicado enviado pela Câmara de Guimarães, salientou que este é um dos melhores modos de incluir: “Esta é uma realidade que veio para ficar, pelo que precisamos, por exemplo, de pensar numa escola que olhe para os filhos dos migrantes (refugiados de guerra e dos que escolhem Portugal para trabalhar e viver) e se readapte”.

Para o edil, “o ensino multilingue terá que ser uma realidade, e o Município de Guimarães está disposto a trabalhar com os Ministérios da Educação e do Trabalho e Segurança Social para promover as parcerias necessárias para esse objetivo”.

Domingos Bragança disse ainda que o papel das empresas no processo de instalação da Love Lace em Guimarães, bem como no acolhimento dos refugiados ucranianos em Guimarães, “foi exemplar”.

Miguel Fontes, secretário de Estado do Trabalho, citado na mesma nota, disse ter ficado feliz por ver que em Portugal se desenvolvem esforços conjuntos para a resolução dos problemas, apontando o caso de Guimarães como um exemplo bem-sucedido e exemplar.

“Temos que fazer tudo para que estas pessoas se autonomizem e se integrem, pelo que a questão da língua é essencial. Temos que reforçar esta resposta formativa. A escola deve ser inclusiva e cosmopolita. Essa é a escola do futuro. Temos que começar já e agradeço o papel liderante da Câmara Municipal de Guimarães e do Instituo de Emprego e Formação Profissional”, referiu o governante.

Paula Oliveira, vereadora da Ação Social, fez um pequeno resumo de todo o trabalho que o Município de Guimarães tem vindo a desenvolver no apoio aos refugiados, que data de 2015, aquando do fluxo migratório decorrente da guerra na Síria, e destacou o papel do Centro de Emprego, da Segurança Social e da Câmara Municipal no apoio dado à empresa ucraniana no processo de reinstalação.

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