A classificação da Igreja da Misericórdia de Caminha como monumento de interesse público (MIP) foi proposta ao Ministério da Cultura, segundo anúncio publicado hoje em Diário da República (DR).
De acordo com o anúncio, o projeto de decisão, remetido pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) ao Ministério da Cultura, é “fundamentado num parecer da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, de 02 de maio de 2018”.
Com a formalização daquela proposta, o projeto para classificação como MIP da Igreja da Misericórdia de Caminha, entra em período de consulta pública durante 30 dias úteis.
A Igreja da Misericórdia de Caminha está situada no largo Calouste Gulbenkian, na União das Freguesias de Caminha (Matriz) e Vilarelho.
“Obra de exceção, a Matriz de Caminha é um dos monumentos que melhor reflete a confusão de conceitos atuais sobre a transição artística para a Modernidade, nela confluindo uma variedade imensa de influências estéticas”, lê-se na descrição publicada na página na internet da DGPC.
O templo, também referida como igreja de Nossa Senhora da Assunção, começou a ser construído em 1488, mas a obra só ficaria concluída mais de 60 anos depois.
Monumento nacional desde junho de 1910, a igreja foi “erguida no interior da cerca medieval da vila, sobre os vestígios de uma primitiva capela românica, da qual subsistem um pórtico e uma cachorreira do lado norte”.
Os seus trabalhos “iniciaram-se em 1488 sob orientação dos biscainhos Tomé de Tolosa e Francisco Fial, aos quais se seguiram outros mestres de origem biscainha e galega, entre os quais se destacam os nomes de João de Tolosa e Pero Galego”.
Os trabalhos “desenvolveram-se com lentidão, tendo sido concluídos em 1556 com a torre da fachada principal. Por essa razão, o templo apresenta uma complexa combinação de estilos e influências”.