O homem que matou a esposa e suicidou-se de seguida, esta manhã de domingo, em Gondifelos, Famalicão, já teria dito a colegas que iria matar a companheira, por ciúmes, mas nenhum destes denunciou a situação às autoridades.
De acordo com a Polícia Judiciária, citada pelo jornal PÚBLICO, a mulher terá apresentado queixa na passada sexta-feira junto da GNR por violência doméstica, horas antes de ter sido assassinada pelo companheiro.
Ao que O MINHO apurou junto de alguns conhecidos do casal, o homem teria ciúmes da mulher, tendo inclusive garantido a colegas e amigos que a iria matar.
José Carlos Ribeiro, de 61 anos, juntou-se com a vítima há poucos anos, depois de um relacionamento anterior num país da América do Sul, onde deixou filhos.
Regressado a Famalicão, o homem terá tentado refazer a vida, acabando por se juntar com Otília Castro, de 56 anos, mas a relação nunca correu bem.
Também a vítima de homicídio estava divorciada, tendo filhos e netos emigrados em França. Ao que O MINHO apurou, um dos filhos de Otília regressava este fim de semana para visitar a mãe, tendo encontrado o cenário macabro na habitação n.º 711 da Rua Senhor das Penices, em Gondifelos.
Alguns dos conhecidos do alegado homicida mostraram-se incrédulos devido à utilização de uma arma por parte deste. Apontavam-no como uma pessoa conflituosa e que “arranjava zaragata” com tremenda facilidade, a quem não deveria ser dada permissão de porte de arma.
Apesar destes testemunhos, o presidente da junta de união de Cavalões, Outiz e Gondifelos, Manuel Novais, descreveu o homem como uma pessoa calma, algo que não foi confirmado pelos conhecidos de José Ribeiro.
No teatro de operações estiveram os Bombeiros Voluntários Famalicenses e da GNR de Vila Nova de Famalicão, num total de 11 operacionais e seis viaturas.
O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária do Porto.
*Notícia atualizada às 22h47 com informações adicionais da Polícia Judiciária acerca de uma queixa apresentada na GNR pela própria vítima