Declarações após o jogo Tondela- SC Braga (0-1), da 23.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Tondela:
– Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “É uma vitória da equipa. Hoje foi a verdadeira equipa, com atitude com entrega, com outro tipo de argumentos, com muita gente jovem dentro do ‘onze’ e depois a entrar também e foi uma vitória saborosa, porque foi num contexto difícil, pela proximidade do jogo e a viagem.
Praticamente não parámos e daí os meus parabéns à minha equipa, aos meus jogadores que foram bravos e foram brilhantes.
Os jogadores conseguiram uma vitória muito difícil, contra um adversário que luta pela vida, um adversário muito bem organizado, que joga bem, que sabe jogar bem e acabámos por ter uma vitória, fundamentalmente, da equipa, com ‘e’ grande.
Na primeira parte apostámos numa equipa mais robusta, mais sólida, que tem muito tipo de argumentos, uma equipa que se agarra, que defende bem, que tem atitude e depois, na segunda parte, com o desgaste do próprio jogo, soltámos aqueles jogadores como o Yan Couto, o Vitinha, o Gorby e o Buta no final.
Acabámos por conseguir uma vitória justa, embora o jogo tenha sido dividido, mas tenho de dizer justa, na minha perspetiva, pela atitude e comportamento coletivo da minha equipa, com uma vontade muito grande de vencer e isso foi visível do primeiro ao último minuto.
Era muito importante vencer hoje, muito importante. Era muito importante a atitude, estar juntos, não jogámos sozinhos, jogámos contra uma equipa que está a lutar pela vida, temos de perceber isso também. Estes contextos tornam os jogos muito mais combativos, muito mais disputados, muito mais esgalhados e, às vezes, os jogos não são muito bonitos, principalmente quando estas equipas jogam em casa e, nesse sentido, o mais importante hoje era vencer.
Vamos tentar imprimir qualidade na quinta e tentar conseguir passar a eliminatória, que é o nosso grande objetivo e vamos apostar tudo em conseguir superar o Sheriff na quinta-feira”.
– Pako Ayestarán (treinador do Tondela): “Sabíamos do início que ia ser um jogo difícil, contra uma equipa que te exige muito, com grande qualidade, mas também acreditávamos que íamos ter as nossas oportunidades, como aconteceu.
Foi um jogo muito equilibrado, sabíamos que um detalhe podia definir o jogo e assim foi.
A equipa competiu muito bem. Tínhamos consciência que tínhamos de contrastar o seu ataque e que possibilidades podíamos ter para fazer danos.
Quem sabe, no último terço faltou-nos um bocadinho de clarividência.
Vamos jogo a jogo, logicamente há sempre erros no jogo, mas considero que foi dos jogos onde tivemos maior equilíbrio defensivo e os centrais sentiram-no, porque estive a falar com eles e eles disseram que foi dos jogos onde estiveram mais cómodos, porque todos sabiam o que tinham de fazer ao nível defensivo e creio que todos o executaram bem.
Estamos muito equilibrados e se formos capazes de manter este equilíbrio defensivo e acertados no último terço… só que às vezes, a manta é curta e, ou tapa a cabeça ou tapa os pés e é nisso que estamos. Precisamos de, com essa manta, tapar a cabeça e os pés”