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Governo garante que não haverá precipitação na retoma da economia
Covid-19
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O secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor garantiu hoje que o Governo não será precipitado quanto à retoma da atividade económica e que não se vai regressar a uma realidade pré-covid-19 nas próximas semanas.
“Não vamos tomar medidas com precipitação, nós ainda nos encontramos na vigência do estado de emergência. Quando o Governo vier a determinar o levantamento da suspensão de algumas atividades económicas, seguramente vai fazê-lo com um conjunto de restrições, para que não sejamos levados a induzir na sociedade a ideia de que vamos voltar a normalidade antes da covid-19”, disse o governante.
João Torres falava aos jornalistas, em conferência de imprensa, no final de uma reunião com a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), que contou também com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, para discutir as condições para uma possível reabertura de algum comércio, no início de maio.
O Governo decidirá sobre esta questão na próxima quinta-feira, dia 30, mas o secretário de Estado adiantou que os diferentes setores, nomeadamente os do comércio e serviços, estão já a criar instrumentos de regulação para que os consumidores se sintam mais confiantes, aquando da reabertura de estabelecimentos.
Reafirmando uma preocupação com a saúde pública, mas também com a retoma da atividade económica, o secretário de Estado sublinhou que os primeiros 15 dias após a reabertura de alguns estabelecimentos comerciais serão de transição, com a adoção de especiais cuidados e o acompanhamento permanente da evolução da doença.
“O foco do Governo será justamente o de permitir o levantamento de algumas suspensões, com cautela, com demagogia, para que seja induzida confiança nas relações comerciais”, acrescentou João Torres.
Quanto às prioridades para a retoma, uma vez que ela deverá acontecer de forma faseada, o Governo deverá privilegiar o chamado comércio de bairro ou de proximidade.
Já o presidente da CCP, João Vieira Lopes, que também prestou declarações aos jornalistas no final da reunião, adiantou que o que está previsto é a hipótese de alguns estabelecimentos abrirem em 04 de maio, de forma escalonada, embora não tenham sido definidas datas.
“A ideia geral é a de que é importante reabrir a atividade económica, isso será feito de uma forma escalonada neste conjunto de setores [comércio de proximidade, cabeleireiros e comércio automóvel] a partir de princípios de maio, até fim de maio”, avançou.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 190 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 708 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 820 pessoas das 22.353 confirmadas como infetadas, e há 1.143 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram entretanto a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

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