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Cávado

Esposende: Guardas filmam-se a gozar com homem embriagado e a ameaçar detido

E a ameaçar detido

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A GNR abriu um “processo interno de âmbito disciplinar” a militares do posto de Esposende que se filmaram a gozar com um cidadão notoriamente embriagado e a ameaçar um detido nas instalações da Guarda.

Num vídeo a que O MINHO teve acesso, dois militares da GNR de Esposende gozam com um homem notoriamente embriagado.

O indivíduo convida os guardas a beber um “copinho”, ao que os militares acedem. “Vamos à adega, estou com uma sede”, desafia um dos guardas, enquanto o outro filma tudo com o telemóvel.

Pelo caminho, vão fazendo considerações jocosas acerca dos ferimentos que o homem na zona da cabeça: “As suas orelhas parecem a do cão, todas roídas”.

Os guardas entram na casa do homem que lhes pergunta se querem vinho “branco ou tinto”, ao que um responde “branco” e outro “cheio”.

A filmagem acaba quando o homem retira duas garrafas do frigorífico.

Noutro vídeo, a que O MINHO também tem acesso, vê-se o mesmo guarda a ameaçar um detido, dizendo-lhe: “Desencosta-te da parede senão levas outra vez”. A situação aparenta ser captada por outro militar que filmava o arguido a chorar.

Não foi possível apurar quando, concretamente, se passaram estas situações, mas, ao que o nosso jornal soube, entretanto, o guarda que aparece nos dois vídeos já não está no posto de Esposende, tendo sido transferido, a pedido do próprio.

Questionada por O MINHO, a GNR refere que “não tinha conhecimento” destes vídeos.

Em consequência, “a Guarda determinou a instauração de um processo interno de âmbito disciplinar para apuramento das circunstâncias”, refere a resposta enviada ao nosso jornal.

A GNR censura, ainda, o comportamento destes guardas: “A atuação do militar da Guarda pauta-se por princípios, atitudes e comportamentos que reforçam a dignidade da função policial, o seu prestígio, a sua imagem externa e a da Instituição, não sendo admissível a prática de ações contrárias à moral pública, ao brio e ao decoro, as quais devem ser prevenidas, combatidas e denunciadas, em especial as abusivas e discriminatórias”.

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