O Gil Vicente venceu hoje o Boavista, por 1-0, em jogo da 15.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, decidido com um golo Murilo, de grande penalidade, já no segundo tempo.
Numa partida com poucos motivos de emoção, onde as equipas evitaram correr riscos, o brasileiro desequilibrou aos 64 minutos, não desperdiçando a grande penalidade a castigar um derrube de Pedro Malheiro a Félix Correia.
Com este resultado, os barcelenses quebram um ciclo de sete jogos consecutivos sem vencer para o campeonato, e deixam a zona de perigo da classificação, pulando para o 14.º posto, agora com 15 pontos.
Já o Boavista não conseguiu livrar-se da série negativa sem êxitos, que agora dura há 10 jogos seguidos na I Liga, seguindo no 13.º lugar, com 16 pontos.
A mútua necessidade em pontuar precipitou uma entrada algo receosa das equipas no jogo, com ambas a evitar riscos e erros, o que impôs um futebol muito preso no meio campo.
Os gilistas conseguiram, ainda assim, forçar uma desatenção do adversário, logo aos oito minutos, quando o guardião dos ‘axadrezados’ João Gonçalves teve uma saída extemporânea, com Murilo a contorná-la, mas a ficar sem ângulo para o remate.
Apesar do susto, as ‘panteras’, que cedo ficaram sem Salvador Agra, devido a lesão, responderam com perigo, e à passagem do quarto de hora conseguiram um remate à barra da baliza dos barcelenses, por Bozeník.
A partir de então, o jogo abriu com o Boavista a ser mais pressionante, mas a sentir dificuldades para romper o último reduto dos locais, e o Gil Vicente a responder em contra-ataque, mas sem ter pontaria na altura do remate.
Assim foi com as iniciativas de Maxime Dominguez e Roko Baturina, para defesas de João Gonçalves, e num remate de primeira de Félix Correia, que saiu ao lado, mantendo o nulo ao intervalo.
A atitude mais receosa das duas equipas regressou no arranque da segunda metade, com ambas a quererem dar a iniciativa ao adversário, mas sem arriscarem em demasia nos contragolpes.
A primeira exceção a essa toada surgiu aos 54 minutos, por o defesa gilista Zé Carlos que tentou um remate de fora da área, mas por cima, perante um Boavista que pouco, ou nada, mostrava em termos ofensivos.
Assim, o primeiro lance que quebrou o domínio reinante surgiu já depois da hora de jogo, quando Pedro Malheiro travou, na área do Boavista, Félix Correia, num lance para grande penalidade, alertado pelo VAR, que Murilo, aos 64, converteu no 1-0.
Só quando se viram em desvantagem, é que as ‘panteras’ tentaram mostrar as garras, passando a pisar terrenos mais adiantados, além de terem dificuldades para criar jogadas de desequilíbrio, depararam-se com um coeso último reduto dos ‘galos’ que cerraram fileiras para segurar a preciosa vantagem.
Resumo
Ficha de Jogo
Jogo no Estádio Cidade de Barcelos, em Barcelos.
Gil Vicente – Boavista, 1-0.
Ao intervalo: 0-0
Marcador
1-0, Murilo, 64 minutos (grande penalidade).
Equipas
– Gil Vicente: Andrew Silva, Zé Carlos, Gabriel Pereira, Rúben Fernandes, Kiko Pereira (Leonardo Buta, 84), Mory Gbane (Jesus Castillo, 77), Maxime Dominguez, Fujimoto (Martim Neto, 77), Murilo, Roko Baturina (Miguel Monteiro, 69) e Félix Correia (Tidjany Touré, 69).
(Suplentes: Vinícius Dias, Né Lopes, Jesus Castillo, Tidjany Touré, Marlon Douglas, Leonardo Buta, Miguel Monteiro, Felipe Silva e Martim Neto).
Treinador: Vítor Campelos.
– Boavista: João Gonçalves, Pedro Malheiro, Chidozie, Rodrigo Abascal, Bruno Onyemaechi (Filipe Ferreira, 73), Vukotic (Ibrahima, 73), Bruno Lourenço, Miguel Reisinho, Salvador Agra (Masaki Watai. 17), Bozeník (De Santis, 73) e Tiago Morais.
(Suplentes: Tomé Sousa, Ibrahima, Masaki Watai, Joel Silva, Felipe Ferreira, De Santis, Gonçalo Miguel, Martim Tavares, Berna Conceição).
Treinador: Ricardo Paiva.
Árbitro: Luís Godinho (AF Évora).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Pedro Malheiro (63).
Assistência: 5.986 espetadores.