Margarida Costa, artista plástica natural de Braga, morreu hoje, aos 69 anos, em Lisboa, vítima de doença prolongada, disse a O MINHO fonte familiar.
Nascida em Braga no ano de 1954, Margaria Costa era licenciada em pintura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Com percurso pelo vitral, tapeçaria, pintura e fotografia, dedicou-se sobretudo à cerâmica no seu atelier em Oeiras.
Em Braga tem um espaço de exposição permanente das suas obras, na Praça Velha, junto ao Arco da Porta Nova.
Margarida Costa investigou a arte popular e publicou “O traje regional de Viana do Castelo”, “A Pirotecnia no Alto Minho” e foi coordenadora e coautora do livro “Adoro Conhecer Braga” no 150º Aniversário da AEB – Associação Empresarial de Braga.
Fortemente influenciada pela cultura bracarense, trabalhou na divulgação artística e cultural da cidade, trabalho evidenciado quer nas suas peças de autor, quer em peças de ‘merchandising’ em parceria com o Tesouro-Museu da Sé de Braga.
Durante anos, ilustrou o exterior dos autocarros TUB com desenhos relacionados com a data festiva que a cidade celebrava no projeto “Arte em Movimento”.
Em Barcelos expôs «Lixo de Luxo», que consistia em trabalhos realizados a partir de moldes usados na indústria cerâmica local, entretanto desativadas.
Com base na obra de Fernando Pessoa, realizou peças em cerâmica expostas ao público no Porto, Lisboa e Famalicão.
A sua última exposição: “Descalços, com chama, em direção ao amor”, no Posto de Turismo do Sameiro, foi inaugurada em 25 de fevereiro de 2024, centrada na figura do farricoco, um dos grandes símbolos da Semana Santa de Braga.
No Museu D. Diogo de Sousa era madrinha de uma peça da coleção Buhler-Brockhaus.