Francisca Jorge sagra-se campeã nacional absoluta pela oitava vez consecutiva

Octacampeã nacional
Foto: DR

Francisca Jorge, de Guimarães, venceu a edição centenária do Campeonato Nacional Absoluto/Taça Guilherme Pinto Basto no derradeiro dia da prova rainha do ténis nacional, organizada pela Federação Portuguesa de Ténis na nave de campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor, em Oeiras.

Menos de 24 horas depois de terem celebrado a conquista do sexto título em pares femininos, Francisca Jorge (190.ª no ranking WTA) e Matilde Jorge (339.ª) estiveram frente a frente na discussão de singulares pela quinta vez nos últimos seis anos e o desfecho voltou a ser favorável à mais velha e mais cotada, que venceu por 6-3 e 6-3.

Num embate com muitos nervos à flor da pele de parte a parte, a número um nacional lidou melhor com a ocasião, manteve-se mais lúcida e apresentou um nível médio superior, sendo quase sempre a jogadora com mais iniciativa e também a que cometeu menos erros.

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Aos 24 anos, Francisca Jorge assinou a 31.ª vitória consecutiva no Campeonato Nacional Absoluto e igualou os oito títulos de Angélica Plantier para subir ao pódio das mais tituladas. À frente estão apenas Sofia Prazeres (venceu nove edições consecutivas de 1990 a 1998) e Leonor Peralta, que conquistou 10 títulos consecutivos entre 1967 e 1976 e depois ainda venceu mais três.

“Estou bastante feliz. Joguei bom ténis desde o início. Houve um momento em que se calhar senti as coisas um bocado tremidas e as emoções estavam mais à flor da pele, mas depois voltei a ser lúcida o suficiente para ir buscar o nível e procurar o nível outra vez. Tive mérito por fazer isso e consegui acabar a jogar bem”, disse a octacampeã nacional.

“A Matilde tem vindo a jogar cada vez melhor, ontem teve uma vitória bastante boa porque o nível estava elevadíssimo e senti que vinha com confiança para esta final, também porque está na melhor fase da carreira. Daí também ter sentido mais algum nervosismo, o nível tem subido e a minha margem de progressão vai ser sempre menor do que a delas porque sou mais velha, mas no geral estive bastante bem e mereci ganhar porque lidei com tudo isso”, acrescentou.

Admitindo a vontade de “continuar a perseguir recordes” numa competição em que escreve cada vez mais história, a melhor tenista portuguesa da atualidade seguirá ainda este sábado para o Funchal, acompanhada pela irmã, para o primeiro (ITF W50) de quatro torneios decisivos (seguem-se três WTA 125 na América do Sul) na luta pelo apuramento para o qualifying do Australian Open.

 
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