Alto Minho
Fortaleza de Valença recebeu este ano mais de 1,4 milhões de visitantes
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A fortaleza de Valença, candidata a património mundial da Unesco, recebeu, entre 01 de janeiro e 30 de agosto, 1,4 milhões de visitantes “tornando-se no monumento mais visitado da região Norte”, revelou o presidente da Câmara.
“Com estes números, não tenho dúvidas em afirmar que a fortaleza é o monumento mais visitado em toda a região Norte e, se calhar, no país. Estamos muito satisfeitos com o trabalho que temos desenvolvido de promoção daquela que é a nossa joia da coroa”, afirmou o social-democrata Jorge Mendes.
Em 2015, de acordo com os dados registados pelo sistema de leitura em tempo real instalado nas principais portas de acesso à fortaleza, contabilizando o número de entradas de pessoas quer a pé quer de viaturas, mais de dois milhões visitaram aquele monumento nacional.
“A atratividade da fortaleza reflete-se nestes números, com uma ampla oferta patrimonial, histórica, comercial e cultural. As campanhas promocionais desenvolvidas pela autarquia junto dos principais operadores turísticos nacionais e internacionais têm contribuído, também, para alcançar estes números, bem como a animação do centro histórico”, sublinhou Jorge Mendes.
O autarca adiantou também que “até final do ano será lançado o concurso público para a quarta e última fase da requalificação da fortaleza”, um investimento de dois milhões de euros, financiado pelos fundos do programa Norte 2020.
“O projeto está aprovado. A candidatura foi apresentada e está bem encaminhada. Em setembro deveremos ter desenvolvimentos sobre o processo”, frisou.
Esta fase “fecha o ciclo de intervenções de requalificação da fortaleza iniciado em 2004 e que representa um investimento global de 8,5 milhões de euros”, acrescentou.
Com esta empreitada “o espaço público da Fortaleza, intramuros, fica completamente remodelado, no que toca às infraestruturas, desenho e funcionalidades das ruas e pracetas”.
“Trata-se de uma obra que eliminará definitivamente os cabos elétricos e de telefones suspensos e as antenas, recuperando a zona histórica numa matriz mais original. As infraestruturas passam todas para as galerias técnicas”, explicou.
A quarta fase, que vai decorrer durante um ano e incidir na parte norte do monumento nacional, prevê “estacionamento ordenado, mais espaços verdes, circuitos pedonais nos topos da muralha, novo mobiliário, adaptando os conceitos base já estabelecidos nas intervenções anteriores, e contam com o cunho do arquiteto Eduardo Souto Moura”.
A requalificação da fortaleza começou em 2004, projetada por Souto Moura. Na altura, o arquiteto comparou a intervenção a uma prótese dentária, dizendo que, “no final das obras, Valença não será a mesma, mas manterá a mesma cara”.
A intervenção foi “precipitada” por um alerta emitido em julho de 2003 pela Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), dando conta de que a fortaleza corria o risco de derrocada, face à “deficiente” drenagem de águas pluviais e à “decrepitude” das redes de infraestruturas subterrâneas.
A fortaleza assume particular importância pela dimensão, com uma extensão de muralha de 5,5 quilómetros, e pela história, tendo sido, ao longo dos seus cerca de 700 anos, a terceira mais importante de Portugal.
Em maio passado, a candidatura das Fortalezas Abaluartadas dos municípios de Valença, Almeida, Elvas e Marvão a património mundial da Unesco foi inscrita na lista nacional de propostas a submeter pelo Governo português àquele organismo.
A inclusão naquela lista é um passo obrigatório para a obtenção da classificação, sendo que os municípios proponentes estão a desenvolver um dossiê conjunto de candidatura, tendo por base os trabalhos já realizados pelos municípios e com o suporte científico de várias entidades.
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