O avançado Dyego Sousa, do SC Braga, está em Portugal desde 2010, e até chegar ao patamar atual, lembra que passou por alguns sacrifícios, e que “só não foi pior porque contou com a sua mulher”.
“Sofri muito com salários em atraso. Ficava três/quatro meses sem receber. Não tinha o que comer. Só não foi pior porque contei com a ajuda da minha mulher. Ela trabalhava e tinha de sustentar a casa”, disse Dyego Sousa, em entrevista ao site brasileiro UOL.
“Costumo dizer que ganhei mais fama do que dinheiro. A minha carreira nunca foi fácil. Os amigos que vieram comigo para Portugal rapidamente desistiram e eu só fiquei porque tive muito apoio da minha família”.
Antes de chegar ao SC Braga, Dyego Sousa passou por quatro clubes portugueses (Leixões, Tondela, Portimonense e Marítimo). Gverreiro desde 2017, já apontou 31 golos e foi chamado por Fernando Santos na última convocatória.
Dyego Sousa falou sobre Rui Santos, comentador da SIC, que disse na altura preferir jogadores “bacteriologicamente” puros e encerrou o assunto.
“Sinceramente nem sei bem o que ele disse… Mas não me doeu. Ele quis aparecer, causar polémica. Quando falamos de pessoas normais, o apoio à minha convocatória foi total”.
O avançado também afastou a hipótese de regressar ao futebol brasileiro para já e apontou os países que gostava de jogar.
“Regresso ao futebol brasileiro? Bem, antes tinha esse objetivo, mas agora vejo-me mais a jogar em Inglaterra ou Espanha. É preciso ser realista. É uma questão financeira e hoje em dia é difícil um clube brasileiro tirar-me daqui”.
Quarto lugar na I Liga, o SC Braga defronta o Tondela este domingo para a 29.ª jornada.