O FC Porto manteve hoje distâncias intactas na liderança isolada da I Liga de futebol, ao derrotar o ‘vizinho’ Boavista, por 1-0, na partida de encerramento da 27.ª jornada, igualando o seu recorde de invencibilidade na prova.
Um golo de Fábio Vieira, aos 32 minutos, ‘selou’ o oitavo triunfo seguido dos ‘azuis e brancos’ no Estádio do Bessa, permitindo ao conjunto de Sérgio Conceição somar 73 pontos, seis sobre o Sporting, segundo, que vencera na véspera em Guimarães (3-1).
Com a 55.ª partida sem perder no campeonato, os ‘dragões’ já repetiram o seu melhor registo de sempre, estabelecido de março de 2010 a janeiro de 2012, sob alçada de Jesualdo Ferreira, André Villas-Boas e Vítor Pereira, para ficarem a apenas um duelo de distância do recorde absoluto, protagonizado pelo Benfica, entre 1976/77 e 1978/79.
Já o Boavista, somou a terceira partida seguida sem vencer e sofreu a primeira derrota caseira desde o regresso de Petit, depois de duas vitórias e seis empates, encarando a pausa para os compromissos das seleções nacionais na 13.ª posição, com 27 pontos.
Três dias depois de terem promovido a gestão de alguns titulares na despedida da Liga Europa frente aos franceses do Lyon (1-1), os ‘dragões’ fizeram regressar às escolhas iniciais unidades influentes como João Mário, Uribe, Vítor Ferreira, Otávio e Evanilson.
Mehdi Taremi também constava no ‘onze’ de Sérgio Conceição, mas testou positivo ao coronavírus e foi substituído por Fábio Vieira antes do pontapé de saída, enquanto Petit trocou Filipe Ferreira por Yanis Hamache face ao ‘nulo’ com o Belenenses SAD (0-0).
O Boavista agarrou-se desde cedo à solidariedade defensiva para contrariar o domínio territorial do FC Porto, que Vítor Ferreira traduziu logo ao terceiro minuto, ao cabecear sem oposição para intervenção apertada de Rafael Bracali, após cruzamento de Pepê.
A atravessar um momento de forma exuberante, o extremo brasileiro durou apenas 25 minutos, devido a um choque com Jackson Porozo, refletindo um início de dérbi muito acidentado, em que os ‘axadrezados’ também viram Javi García sair por lesão, aos 21.
Essas interrupções diluíram o ritmo, mas o jogo voltou a ganhar efervescência depois da meia hora, quando Otávio amorteceu de cabeça para Evanilson, que ganhou espaço na esquerda e reparou em Fábio Vieira, que surgiu de rompante na área para o tento decisivo.
Praticamente inofensivos na etapa inaugural, ao resumir a sua produção a ‘disparos’ de longe de Gustavo Sauer, aos 44 minutos, e Petar Musa, aos 45+2, os pupilos de Petit voltaram do intervalo sem mexidas e com poucos rasgos para importunar os ‘dragões’.
A formação de Sérgio Conceição até dispôs de uma soberana ocasião para dilatar o marcador, mas Bracali adivinhou um penálti cobrado por Evanilson e ergueu-se a tempo de travar a recarga de Fábio Vieira, que fora derrubado por Rodrigo Abascal na área.
O Boavista respondeu com crescente intensidade através de Kenji Gorré, que espreitou o empate, aos 75 minutos, e cruzou para desvio de Petar Musa ao ferro da baliza de Diogo Costa, aos 88, tal como Evanilson já tinha desperdiçado o golo da tranquilidade, aos 80.
A audácia tardia dos anfitriões quase ‘gelou’ as pretensões do FC Porto no período de compensação, fase em que Diogo Costa, à imagem do triunfo pela margem mínima em Moreira de Cónegos (1-0), foi providencial a deter um toque de calcanhar de Porozo.