Declarações dos treinadores após o encontro Portimonense-SC Braga (1-2), da 27.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, realizado hoje no Estádio Municipal de Portimão:
Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “Foi uma vitória justa, difícil, contra um adversário difícil, com bom treinador e bons jogadores.
Uma palavra para os adeptos que cá estiveram. A chover num domingo à noite. Absolutamente fantástico. São uns heróis
Tivemos uma boa entrada, marcámos dois golos muito rapidamente e andámos sempre a ameaçar o terceiro. O Portimonense também tem duas boas oportunidades, uma delas uma bola na barra e a outra uma defesa do Matheus.
Numa segunda parte em que a intenção era conseguir fazer o terceiro golo, entrámos realmente muito bem, outra vez com duas boas oportunidades logo no início. O Portimonense foi buscando a tentativa de fazer um golo, conseguiu, mas nós nunca perdemos organização.
Acho que foi mais a incerteza do resultado do que propriamente muitos momentos de aflição. Em contra-ataque, ou situações de ataque rápido, podíamos ter feito outro golo, mas seria extremamente penalizador para aquilo que o Portimonense fez e procurou. No fundo, uma vitória justa, merecida, sofrida e boa.
Estou muito satisfeito, porque as ‘ressacas’ de quinta para domingo são muito complicadas, extremamente complicadas, mas nós temo-nos saído bem.
Respondemos muito bem em Tondela, respondemos muito bem contra o Gil Vicente, independentemente do resultado, e respondemos muito bem hoje. Extremamente satisfeito com a equipa e os jogadores”.
Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “É um jogo contra uma equipa de grande qualidade, não tínhamos dúvidas acerca disso, mas em que temos de nos queixar dos nossos erros. São dois golos muito consentidos e uma falta de eficácia tremenda.
Na primeira parte, temos ocasiões mais claras do que o Sporting de Braga, que deveriam ter dado um resultado diferente ao intervalo. Há duas excelentes defesas do Matheus e outra, sem ele na baliza, em que não metemos dentro.
Criar estas ocasiões a uma equipa como o Sporting de Braga não é fácil. Há ali trabalho, há ali coisas bem feitas, mas colocámo-nos a jeito com dois erros básicos, um golo à carambola e outro bastante consentido, numa bola nas ‘costas’, para as quais estávamos mais do que avisados.
Na segunda parte, com o Braga em vantagem e a sua forma de defender com cinco atrás, torna a tarefa ainda mais difícil e faz-nos correr muitos riscos. Nós corremo-los, fomos à procura, fomos bravos, mas só conseguimos fazer um golo.
Houve momentos de brilhantismo do Sporting de Braga, como nós também tivemos. Soubemos ter a bola, encontrar espaços para avançar, manter o resultado em aberto e tentar o empate até final, mas não foi possível, porque tivemos muita responsabilidade na forma como não tivemos um resultado diferente hoje.
Foi um jogo muito competitivo, com as duas equipas a criarem dificuldades uma à outra, em que nós, pelos erros que cometemos naqueles dois lances, desequilibrámos o jogo. Tivemos belíssimas ocasiões, mas não tivemos a ponta de sorte ou eficácia para ter outro resultado ao intervalo.
Lugar em risco? Temos todos. Isso foi coisa que nunca me preocupou. Quando as pessoas não estiverem satisfeitas com o meu trabalho, a gente senta-se e fala. Também não pedi nenhum troféu quando tinha 24 pontos em outubro.
As coisas entre mim e a administração são muito claras, está tudo mais do que falado desde essa altura. Isso não me preocupa minimamente. O que me preocupa é que a equipa se apresente a competir e capaz de brigar pelos resultados, e é isso que tem feito em todos os jogos”.