Carla e Miguel, de Famalicão, viveram um romance de cinco anos que culminou, em junho deste ano, com o casamento no Hospital de Santo António, no Porto, onde Miguel se encontrava internado e onde acabaria por falecer dois dias depois de ‘dar o nó’.
De forma a manter viva a memória do marido, Carla organizou uma angariação de fundos virtual com o objetivo de conseguir proceder a uma fertilização invitro numa clínica privada para engravidar, cumprindo assim o sonho a dois que a vida teimou em não concretizar.
No final de setembro, foi convidada do programa de Cláudio Ramos, na TVI, onde expôs a sua história de vida e mostrou-se convicta em levar para a frente o sonho, apesar dos obstáculos.
A famalicense conta que, antes de Miguel ficar doente, já estava nos planos aumentarem a família. Mas veio a doença e Miguel deixou de poder comparecer nas consultas de fertilidade. Restava ainda a opção da recolha do esperma para fertilização, algo que iria suceder quando Miguel recuperasse, mas tal acabou por nunca acontecer.
Mesmo sem a semente de Miguel para poder geminar o fruto da união, Carla não quer baixar os braços e pretende engravidar e ser mãe para lembrar para sempre a memória do marido através de uma criança que ambos sonharam criar. E Miguel será sempre apresentado como pai para aquela criança. É um projeto de dois levado por um (enquanto o outro vai guiando).
Recentemente, Carla deu uma entrevista ao comediante Alexandre Santos, onde partilhou todo o percurso dos últimos dias do Miguel, após várias complicações de saúde, comovendo o país. Lá pode saber mais sobre.a história de amor entre Carla e Miguel.
“Passado pouco tempo do Miguel falecer”, Carla decidiu “que queria lutar sozinha por esse sonho a dois”, revelando que a família de Miguel (e também dela) apoiam incondicionalmente. Então, decidiu contactar novamente o hospital onde planeavam realizar a fertilização, mas as notícias não podiam ser piores.
Como a lista de espera pelo banco de esperma é de três anos, a fertilização poderá ser um procedimento com maiores riscos devido à idade que Carla terá na altura, podendo apenas realizar inseminação, sempre com uma baixa taxa de sucesso.
“Acho que é muito frustrante saber que vou estar três anos à espera de algo que tem muitas baixas probabilidades de acontecer”, considera, apontando às clínicas privadas , onde “os preços são absurdos, mas o que é certo é que não há listas de espera”.
Carla diz ter feito uma estimativa de preços para o tratamento e fertilização in vitro e abriu um projeto de angariação de fundos no portal GoFundMe, tendo já angariado 1.611 euros. A meta é de 7.500.
“Tenho em mente que tudo o que estiver ao meu alcance para realizar este nosso sonho, eu irei fazê-lo. Então aqui estou eu a pedir a vossa ajuda”, escreve Carla nas suas redes sociais.
Pode saber mais sobre o projeto e efetuar doações aqui.