O Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) revelou hoje que, segundo os últimos censos, existem 300 lobos ibéricos na região Norte.
“O ICNF está a financiar apoios à aquisição de cães de gado, como é o caso do transmontano, para a guarda dos rebanhos”, indicou à Lusa a diretora regional do Norte do ICNF, Sandra Sarmento.
O instituto respondia a questões relacionadas com alegados ataques de lobos a animais domésticos nas imediações das localidades do Planalto Mirandês, havendo este ano já registo de seis ocorrências tratadas pelas equipas de vigilantes da natureza do Parque Natural do Douro Internacional.
Contactada pela Lusa, Sandra Sarmento explicou que o lobo ibérico é uma espécie protegida, sendo um predador de topo, e que, segundo os últimos censos, ainda por publicar, existe um efetivo de 300 animais desta espécie, só na região Norte.
“O lobo ibérico é predador de topo que contribuiu para o equilíbrio das populações e o ICNF tem um responsabilidade acrescida na sua proteção”, vincou a responsável.
Sandra Sarmento acrescentou ainda que o ICNF tem que garantir um conjunto de cuidados, para evitar que os lobos se aproximem dos rebanhos e das aldeias onde estes são pastoreados, com recurso a cães de gado ou cerca elétricas.
Na segunda-feira, o ICNF avaliou um alegado ataque de lobos a um rebanho em Vila de Ala, em Mogadouro, após a morte de seis ovelhas e três cordeiros, cujo proprietário descreveu como “um ataque perto das primeiras casas à entrada da aldeia”.
O proprietário do rebanho atacado na segunda-feira, Mário Mora, afirmou à Lusa acreditar que, “pela mordida” se tratou de um ataque de “um lobo ou lobos” aos seus animais.
“Do ataque resultou a morte de um carneiro, seis ovelhas e algumas crias de um mês ou dois”, indicou, acrescentando que esta foi a primeira vez que os seus animais foram atacados.
Sandra Sarmento garantiu que, com o apoio de cães de gado, os ataques de lobos são repelidos, em grande parte.